Sobre passeios e filmes

Esta coleção pretende relacionar a experiência de nossos passeios (minha esposa e eu) com filmes e séries conhecidas. Alguns passeios foram objetivos inspirados, sonhados e advindos de películas assistidas previamente.

Serão mostradas fotos de passeios por localidade ou monumento que foram cenários das películas de cinema ou televisão. Todas elas são de própria autoria. Boa parte dos passeios foi realizada durante nossa estada na Europa, na década de 1970.

Assim, as imagens podem não refletir a realidade atual. Em alguns casos, as fotos são bem anteriores ao filme. Em outros, pode acontecer o inverso. Tal dicotomia permite observações que podem ser bem interessantes.

Os textos descrevem os filmes e seus principais protagonistas. Da mesma forma, o motivo do cenário onde foram feitos os passeios terá descrição sobre a sua importância histórica, cultural ou arquitetônica.

Dentre as Sete Maravilhas do Mundo da era moderna, nós tivemos a oportunidade de conhecer e deslumbrar cinco delas, em ordem cronológica: Coliseu de Roma (1975), Machu Picchu, no Peru (2009), Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (2010), Chichén Itzá, no México (2011) e a Grande Muralha da China (2013). Os capítulos irão contemplar todas as maravilhas que visitamos.

Espera-se que o leitor seja levado a refazer os nossos passeios, enriquecidos pela sua relação com filmes bem conhecidos.

CONTEÚDO

O Coliseu de Roma - Maravilha do Mundo

Neste capítulo será descrito o Coliseu de Roma, uma das Sete Maravilhas do Mundo da era moderna.

Um dos ícones mais conhecidos de Roma e da Itália, é, sem dúvida, o Coliseu. Ou seja, as suas ruínas. Situado a leste do Forum Romanum, é uma arena oval, construída em tijolos e argamassa, outrora revestido com mármore travertino. Sua aptidão precípua era servir como palco para embates entre gladiadores, muitas vezes, com animais também. Neste caso, eram bandidos e escravos que tinham a chance de serem perdoados se vencessem a luta. Inaugurado no ano 80 d.C., deixou de servir como arena na era medieval. Após isso, foi usado vários fins, tais como habitação, oficinas, sede de uma ordem religiosa, uma fortaleza, uma pedreira e um santuário cristão.

O Coliseu destaca-se na paisagem romana. 1975.
É um dos melhores exemplos da engenharia e arquitetura romana. 1975.

O monumento foi cenário em diversos filmes. Destaquei dois deles: “Eat Pray Love”, com Julia Roberts e “Roman Holiday” com Audrey Hepburn”.

Confira nos clipes que seguem.

Título original: Eat, Pray, Love
Título no Brasil: Comer, Rezar, Amar
Diretor: Ryan Murphy
Ano de produção: 2010
Protagonistas: Julia Roberts, Javier Bardem, James Franco, Richard Jenkins

Título original: Roman Holiday
Título no Brasil: A Princesa e o Plebeu
Diretor: William Wyler
Ano de produção: 1953
Protagonistas: Gregory Peck, Audrey Hepburn, Eddie Albert, Hartley Power

Assistindo filmes românticos, lembrei-me de nossa lua de mel estendida, e apresento a imagem da idílica Ilha de Capri.

Na Ilha de Capri, em 1975.

Nos meandros do Vaticano

O Vaticano, centro do poder religioso, é a menor entidade territorial do mundo administrada por um Estado eclesiástico, existente desde 1929. A maior parte dos funcionários públicos é constituída por clérigos católicos de diferentes origens étnicas e nações. O território abrange 44 hectares e a população residente é de um mil habitantes.

Considerado Patrimônio Mundial da UNESCO, está construído em torno da Praça de São Pedro, tendo como principal parte a Basílica de São Pedro. A cúpula da basílica destaca-se na paisagem romana pela brancura de sua superfície propiciado por travertino, rocha de origem sedimentar. Foi projetada por Michelangelo, que se inspirou no Panteão de Roma. A altura até a cúpula atinge 136,5 metros. Embora não seja a sede oficial do papado, é ali que se realiza a maioria das cerimônias com a presença do Papa, o governador do Estado do Vaticano e líder mundial da igreja católica.

O conjunto arquitetônico, as obras como chafarizes, pórticos, obelisco e as esculturas que se encontram em seu interior, dentre as quais, a Pietá, obra de Michelangelo, fazem do Vaticano uma das maiores preciosidades do mundo moderno.

A Capela Sistina está situada no Palácio Apostólico, onde reside o Papa. Desde a época de Sisto IV, a capela serviu como um lugar a religiosos e funcionários para atividades papais. Atualmente, é o local onde se realiza o conclave, processo pelo qual um novo Papa é escolhido. A capela foi pintada por Michelangelo. Não tenho imagens de seu interior, vedado para fotos.

Basílica de São Pedro, no Vaticano. 1975.
Praça São Pedro, no Vaticano. O Obelisco está à direita. 1975.
A cúpula da Basílica de São Pedro. 1975.

O Vaticano foi motivo e cenário de diversos filmes famosos, dos quais eu destaco: “The Agony and the Ecstasy”, com Charlton Heston; “Angels and Demons”, com Tom Hanks; “Eat Pray Love”, com Julia Roberts e “Conclave”, com Ralph Fiennes.

Confira nos clipes a seguir.

Cena de “Agony and Ecstasy”, com Micheangelo (C. Heston) pintando o teto da Capela Sistina.

Cena de “Agony and Ecstasy”, a admiração depois do trabalho pronto.

Cena de “Angels and Demons”, quando Tom Hanks avista a Catedral de São Pedro.

Cena de “Eat Pray Love”, quando Julia Roberts avista o Vaticano.

Cena de “Conclave”, 2024, dentro da Capela Sistina, pouco antes do início do conclave.

Cena de “Conclave”, 2024, que mostra um momento da escolha do Papa.

Cena de “Conclave”, 2024, que mostra outro momento da votação.

Seguem as informações sobre os filmes.

Título original: Angels and Demons

Título no Brasil: Anjos e Demônios

Diretor: Ron Howard

Ano de produção: 2009

Protagonistas: Tom Hanks, Ewan McGregor, Ayelet Zurer, Stellan Skarsgard


Título original: Eat, Pray, Love

Título no Brasil: Comer, Rezar, Amar

Diretor: Ryan Murphy

Ano de produção: 2010

Protagonistas: Julia Roberts, Javier Bardem, James Franco, Richard Jenkins


Título original: The Agony and the Ecstasy

Título no Brasil: Agonia e Êxtase

Direção: Carol Reed

Ano de produção: 1965

Protagonistas: Charlton Heston, Rex Harrison, Diane Cilento, Adolfo Celi


Título original: Conclave

Título no Brasil: Conclave

Direção: Edward Berger

Ano de produção: 2024

Protagonistas: Ralph Fiennes, Stanley Tucci, John Lithgow, Isabella Rosselini

Despedimo-nos com um sorriso na Praça São Pedro, junto a uma amiga alemã que conhecemos no passeio e nos tornamos amigos, a Sra. Plassmeyer.

Com a Sra. Plassmeyer na Praça São Pedro, Roma. 1975.

Segue também um brinde, que é a aquarela que a Sra. Plasmeyer nos presenteou na época, pintada pelo seu marido e que adorna a sala de nossa morada, desde então.

Aquarela de T. Plassmeyer. Notem a caligrafia, tanto na assinatura como no título da obra: Herbstwald in Deutschland – Outono numa Floresta Alemã.

Junto aos Poderes Romanos da Antiguidade

Passear em Roma é como estar numa máquina do tempo, voltando à época de César. Caminhar pelas ruínas do Forum Romanum e sentir a vibração da urbe daquelas eras cesarianas é uma experiência única. O local foi o centro da política, vida pública, cerimônias triunfais e centro das transações comerciais e processuais. Junto com o Capitólio e o Altar da Pátria, formava o coração pulsante da antiga Roma. Atualmente, está todo em ruínas, restando poucos edifícios possíveis de se ter uma ideia de como eram em sua origem. Muito dali foi saqueado para abastecer museus pelo mundo afora. Talvez um dos únicos que ainda se pode considerar relativamente inteiro, é o Arco do Sétimo Severo, localizado numa das cabeceiras do fórum, em direção ao Altar da Pátria.

Arco do Sétimo Severo, entrada para o Forum Romanum. 1975.
Ao fundo, descortina-se o Altar da Pátria, construído no século 19. 1975.
Altar da Pátria, que mantém alguns museus em seu interior. 1975.
O antigo Parlamento, onde aconteciam os discursos públicos. 1975.
Rampa de acesso ao Parlamento. 1975.

No filme “Ben Hur”, estrelado por Charlton Heston, os monumentos descritos serviram de cenário.

Também o filme “Roman Holiday”, com Gregory Peck e Audrey Hepburn tiveram o fórum como cenário.

 

Confira nos clipes que seguem.

Cena de “Ben Hur”, tendo ao fundo o antigo Capitólio.

Cena de “Ben Hur”, com a entrada dos pretorianos no Capitólio.

Cena de “Roman Holiday”, quando o ator Gregory Peck encontra a atriz Audrey Hepburn bêbada na área do Capitólio.

O passeio passou pelo Panteão, talvez o único monumento intacto da Roma antiga. Sempre teve o seu uso pela igreja católica e dentro dele estão as tumbas de gente importante, dentre eles, a do pintor renascentista Rafael. Idealizado por volta dos anos 600 d.C., possui o formato circular com 43 metros de altura, com uma cúpula de concreto não armado, de mesmo diâmetro. Isso lhe dá a posição de maior cúpula livre do mundo. Existe uma abertura envidraçada de três metros de diâmetro, que permite a entrada de luz natural.

Panteão de Roma. A iluminação é totalmente natural, vinda do alto da cúpula. 1975.

Algumas cenas do filme “Angels and Demons”, com Tom Hanks, foram gravadas no interior do Panteão. Confira no clipe que segue.

Cenas de “Angels and Demons” gravadas dentro do Panteão, com iluminação natural.

A última parte deste passeio foi conhecer a famosa Escadaria Espanhola, localizada na Praça da Espanha. Possui 135 degraus e foi inaugurada em 1725 pelo Papa Bento XIII. No alto da escadaria encontra-se a igreja Trinitá dei Monti, construída no início dos anos de 1500.

Escadaria Espanhola, em 1975.

A escadaria já foi foco de inúmeros filmes e reportagens de revistas internacionais. Um exemplo é o filme “A Princesa e o Plebeu”, com Gregory Peck e Audrey Hepburn.

Confira no clipe que segue.

Cena do encontro entre Gregory e Audrey na Escadaria Espanhola, em “Roman Holiday”.

Seguem informações sobre os filmes.

Título original: Ben Hur

Título no Brasil: Ben Hur

Diretor: William Wyler

Ano de produção: 1959

Protagonistas: Charlton Heston, Stephen Boyd, Jack Hawkins, Haya Harareet

 

Título original: Roman Holiday

Título no Brasil: A Princesa e o Plebeu

Diretor: William Wyler

Ano de produção: 1953

Protagonistas: Gregory Peck, Audrey Hepburn, Eddie Albert, Hartley Power

 

Título original: Angels and Demons

Título no Brasil: Anjos e Demônios

Diretor: Ron Howard

Ano de produção: 2009

Protagonistas: Tom Hanks, Ewan McGregor, Ayelet Zurer, Stellan Skarsgard

Fim deste exaustivo passeio pelos poderes da Roma antiga. Donnerwetter!

Revivendo Ben Hur

Passear pela Roma antiga sentimos viajar no tempo, sob atmosfera de descanso e também em ambiente de muita ação.

As Termas de Caracala, construídas no início do século 3, foi usado como local para banhos por apenas uns 300 anos, caindo em desuso e abandonado no ano 530. A sua arquitetura original foi copiada em algumas construções em várias partes do mundo. Exemplo disso era a Pennsylvania Station de Nova York, demolida em 1963 e a Union Station de Chicago. Eventos importantes aconteceram na área das termas, que abrange quase 17 hectares, tais como a primeira apresentação dos três tenores, Plácido Domingo, José Carreras e Luciano Paravarotti. As corridas do Grand Prix de Roma aconteceram por quatro vezes nas termas, de 1947 a 1951. No ano seguinte, aconteceram ali os Jogos Olímpicos.

Parte das ruínas de Termas de Caracala, aberta à visitação. 1975.
As relíquias mais importantes, são os pisos em mosaico, com acesso proibido. Na época de nosso passeio ainda pudemos entrar. 1975.

Uma parte do filme “Ben Hur” foi rodado em ambiente das Termas, que pode ser conferido no clipe que segue.

Cenas nas Termas de Caracala, onde os gladiadores eram preparados, com aquecimento promovido por escravos no piso inferior. 

As emoções mais fortes do passeio foram sentidas quando visitamos o Circo Máximo. Localizado bem próximo das Termas de Caracala, foi idealizado para uso como um circo, onde aconteciam as corridas de bigas, principalmente. Medindo 621 m x 118 m, podia acomodar 150 mil espectadores. Era a arena oficial e a maior de todas, para a realização dos eventos públicos, entre jogos, lutas, corridas e combate entre homens e animais. Na decadência de seu uso precípuo, o Circo serviu para procissões religiosas.

Circo Máximo de Roma.1975.
Vista da antiga pista de corrida de bigas no Circo Máximo. 1975.

O cenário do Circo Máximo foi o auge das emoções do filme “Ben Hur”, que podem ser conferidas no clipe que segue.

Cenas tomadas no Circo Maximo, com o desfile preparatório das bigas pouco antes da corrida ferrenha, com atropelamentos e mortes. 

Seguem informações sobre o filme.

Título original: Ben Hur

Título no Brasil: Ben Hur

Diretor: William Wyler

Ano de produção: 1959

Protagonistas: Charlton Heston, Stephen Boyd, Jack Hawkins, Haya Harareet

Após esta corrida de biga, a melhor coisa é descansar…

Até a próxima semana.

Nos caminhos que levam à Roma

Quando eu estava na segunda série ginasial, que corresponde ao atual 6º ano do Ensino Fundamental, uma das matérias de línguas era o Latim, além do Inglês e do Francês. Aquilo me ajudou depois na Universidade, pois os nomes de órgãos vegetais e sua classificação taxonômica usam o latim e suas declinações.

Lembro-me bem dos conteúdos que, levavam-me a imaginar cenários com pessoas, animais e vegetais da época romana. A história que mais me marcou foi sobre a Via Ápia, que os romanos usavam para chegar ao antigo centro do mundo.

A construção de Roma começou pelo litoral, onde foi instalado um porto denominado Óstia Antica, que serviu como principal centro comercial e portuário. A cidadela sofreu decadência em torno do século 4. A incidência de malária de forma epidêmica, atingiu a maior parte da população de 100 mil habitantes. Os poucos que sobreviveram, fugiram, abandonando o local, que logo se tornou uma cidade-fantasma. Com o passar do tempo, a areia tomou conta e o lugar permaneceu enterrado por vários séculos.

O lugar continua sendo pesquisado, arqueologicamente. No entanto, quase a maior parte dos monumentos está em ruínas. Alguns deles foram restaurados, e máscaras e pisos em mosaicos continuam sendo processados.

Vista geral do sítio arqueológico de Óstia Antica. 1975.
Via de acesso à Óstia Antica, de pavimentação com pedras, que denotam a pujança da época. 1975.
Anfiteatro Romano e na sua frente, o Forum Romanum, de Óstia Antica. 1975.
Ao fundo, veem-se parte do teatro, com exposição das máscaras restauradas. 1975.

O sítio arqueológico serviu como cenário do filme “Ben Hur”, que pode ser conferido no clipe a seguir.

No clipe aparece parte de Óstica Antica, com os guerreiros à caminho de Roma.

Quase na mesma distância, porém no lado leste de Roma, situa-se outro monumento arqueológico, denominado Vila Adriana. Aqui também, uma parte das ruínas está restaurada, principalmente a entrada do sítio. O local distribui-se por 120 hectares, sendo 40 visíveis. Foi concebida para ser residência dos imperadores, com toda a infraestrutura de aquedutos, termas e teatro.

Canopo, jardim na entrada, um Patrimônio da Humanidade. Vila Adriana, 1975.
Parte do teatro, em Vila Adriana. 1975.
Tumbas de Vila Adriana. 1975.

Estes monumentos foram cenários do filme “Ben Hur”.

Confira no clipe a seguir.

O vídeo mostra o momento em que Ben Hur (Charlton Heston) procura por sua irmã e mãe nas tumbas de Vila Adriana.

Seguem as informações sobre o filme.

Título original: Ben Hur

Título no Brasil: Ben Hur

Diretor: William Wyler

Ano de produção: 1959

Protagonistas: Charlton Heston, Stephen Boyd, Jack Hawkins, Haya Harareet

Para dissipar a tristeza das cenas de tumbas, vamos alegrar, retornando aos ares do Teatro Romano de Óstia Antica.

Teatro Romano, nas ruínas de Óstia Antica. 1975

E assim, encerramos este longo passeio por Roma e arredores. 

Confira na próxima semana, o início de outra aventura: Perú, terra dos incas.

Até lá.

Olhar sem ser visto em Lima

Lima, a capital do Peru, fica no litoral daquele país, no Oceano Pacífico Sul. Embora esteja na praia, fica a uns 150 metros acima do nível médio do mar. Mais alto do que Curitiba! Da cidade para a praia é só um paredão de um quilômetro e meio de altura! Esta é uma característica do país, cujas altitudes vão de zero a mais de 6,5 mil metros. Extremas são igualmente as temperaturas e clima.

Quando estivemos em Lima, em 2009, não chovia na cidade há mais de 50 anos. As árvores plantadas na arborização precisam ser irrigadas. Está quase sempre com céu encoberto, e existe até uma proteção sobre uma grande ponte, de onde as pessoas costumavam se jogar, por consequência de depressão. O país como um todo, é muito seco. Contudo, sofre influência de duas correntes marítimas: a de Humboldt, que traz águas frias da Antártida e a do El Niño, que traz águas quentes equatorianas. O seu encontro produz chuvas catastróficas numa região normalmente árida

Ponte dos Suicidas (batizado por mim) em Lima. 2009.
A Plaza de Armas e a catedral do século XVI são o coração do centro histórico de Lima. 2009.

A população de Lima é a terceira maior da América Latina, com mais de 11 milhões de habitantes, depois de São Paulo e a cidade do México. A parte antiga da cidade mostra a influência espanhola na arquitetura e formato da urbe, com uso intenso de madeira maciça nos adornos.

Uma característica são os balcões que se projetam para fora da fachada dos prédios. Construídos em madeira maciça, geralmente o cedro, as janelas são treliçadas em riquíssimos desenhos esculpidos. Quem está na rua não consegue enxergar o interior de tais balcões. A finalidade delas era para a pessoa de dentro se manter no anonimato enquanto observava o desfile nas ruas, principalmente em festas populares como no carnaval, entre outras.

Prédios com balcões treliçados ou envidraçados na fachada. Lima, 2009.
Prédios com balcões treliçados ou envidraçados na fachada. Detalhe da bandeira do Peru desenhada na montanha. Lima, 2009.
Exemplo da riqueza artesanal na confecção dos balcões para ver sem ser visto. 2009.

Data de 2004 um filme que conta a fase jovem de Che Guevara. A película mostra suas aventuras desde Buenos Aires até o Peru, antes de sua chegada em Cuba. Nascido em Rosário, Argentina, viajou por toda a América Latina em motocicleta, junto com um amigo numa viagem de nove meses. Na trajetória, passam por vários países, dentre os quais, o Peru, onde foi feita grande parte das tomadas.

Assista no clipe que segue, a alusão aos balcões da fachada dos prédios do centro de Lima.

Cenas de Che Guevara e seu amigo passeando pelas ruas de Lima.

Seguem informações sobre o filme.

Título original: Diários de Motocicleta

Título no Brasil: Diários de Motocicleta

Diretor: Walter Salles

Ano de produção: 2004

Protagonistas: Gael Garcia Bern, Rodrigo De La Serna, Mercedes Moran, Jean Pierre Noher

Para fechar alegremente esta crônica, apresento um show que assistimos em Lima, talvez o melhor de todos os assistidos, antes e depois.

Show folclórico em Lima, que conta a história deste o império inca, passando pelas influências que formam a rica etnia e cultura peruana. Lima, 2009.

Revivendo Atahualpa em Cuzco

De 150 m da altitude de Lima voamos para os 3.400 m da cidade de Cuzco, na Cordilheira dos Andes.

Ao chegar no aeroporto, já é possível sentir o desnível e o efeito gravitacional que a diferença de altitude provoca em nosso corpo. Eu já havia experimentado tal desconforto quando estive em La Paz, na Bolívia, numa das reuniões de Ex-Bolsistas da Alemanha. Foi ali que aprendi a mascar folha de coca. Não para se drogar, mas para mitigar os efeitos da altitude elevada (La Paz fica mais alto, a 3.650 m).

Esta experiência é mostrada no filme “Diarios de Motocicleta”. Confira no clipe que segue.

Cena do filme “Diários de Motocicleta”, que mostra momento de mascar a folha de coca.

Neusa e as mulheres andinas, antes de mascar a coca. Cuzco, 2009.

A Plaza de Armas é de longe o ponto mais importante da cidade de Cuzco. Ali que foi decapitado o imperador inca Atahualpa, pelo conquistador Francisco Pizarro, em 1533. A família inteira foi sacrificada perante o povo reunido na praça.

Plaza de Armas de Cuzco, com a Basílica da Virgem da Assunção. 2009.
O largo da Plaza de Armas, de onde se vê as montanhas de Sachsayhuanan. 2009.

Confira o cenário da Plaza de Armas nos filmes “Diários de Motocicleta”.

Cena do filme “Diários de Motocicleta”, com os protagonistas passeando pela Plaza de Armas em Cuzco.

A praça serviu de cenário também para o recente filme de “Transformers – Rise of the Beasts”, estrelado por Anthony Ramos.

Confira no clipe que segue.

Cena do filme “Transformers”, que mostra uma festividade na Plaza de Armas em Cuzco.

A cidade inteira de Cuzco é constituída de ruelas estreitas e curtas, com pavimentação em pedras brutas, da mesma forma que as paredes das construções ao seu longo. Ao se andar por elas, é possível sentir a vibração da dramática história desta centenária cidade do século 15.

Ruela típica de Cuzco e a população nativa. 2009.
Rua mais central, um pouco mais larga. Ao fundo, a Plaza de Armas. 2009.

Confira o clipe do filme “Diários de Motocicleta”, que mostra a entrada dos dois viajantes argentinos em Cuzco.

Subimos ao morro que circunda a cidade e alcançamos Sachsayhuanan, uma fortificação inteiramente construída em pedras maciças. A planta original de Cuzco foi concebida no formato de um puma, onde Sachsayhuanan representava a cabeça do animal.

Do alto, é possível ter uma vista total da urbe e região.

Vista geral de Cuzco no morro de Sachsayhuanan. 2009.
Plaza de Armas de Cuzco, vista de Sachsayhuanan. 2009.

A cidadela de pedras maciças foi bem explorada no filme dos Tranformers.

Confira no clipe que segue, as cenas do filme dos Transformers.

Cenas de “Transformers”, em que os protagonistas exploram Cuzco estando no alto de Sachsayhuanan.

A área de ruinas de Sachsayhuanan é grande e é composta por pedras maciças de diversos tamanhos e formatos. A maior delas tem 5 metros de altura por 2,5 m de largura, pesando entre 90 e 125 toneladas. Os encaixes entre os rochedos são perfeitos. É inimaginável como foi construída no século 15, sem o uso de tecnologia moderna.

Um dos portais das ruinas de Sachsayhuanan. 2009.
Vista geral dos paredões de Sachsayhuanan. 2009.

Confira nos clipes que seguem, tomadas incríveis da fortaleza de Sachsayhuanan.

Aqui vão as informações sobre as películas citadas.
Título original: Diários de Motocicleta
Título no Brasil: Diários de Motocicleta
Diretor: Walter Salles
Ano de produção: 2004
Protagonistas: Gael Garcia Bern, Rodrigo De La Serna, Mercedes Moran, Jean Pierre Noher

Título original:
Transformers: Rise of the Beasts
Título no Brasil: Transformers: O Despertar das Feras
Diretor: Steven Caple Jr.
Ano de produção: 2023
Protagonistas: Anthony Ramos, Dominique Fishback, Peter Cullen, Pete Davidson

 

Visitar Cuzco e Sachasayhuanan é como reviver a época e a emoções do império inca, encabeçado por Atahualpa.

Encenação do Imperador inca fundador de Sachsayhuanan. 2009.

Na próxima semana, não perca a edição inédita sobre outra das Sete Maravilhas do Mundo: as ruínas de Machu Picchu.

Deslumbrando Machu Picchu

Neste capítulo será descrito Machu Picchu, uma das Sete Maravilhas do Mundo da era moderna.

Após uma emocionante aventura em Cuzco e Sachsayhuanan, descemos de uma altitude de 3.400m para 2.430m com destino à Machu Picchu. A viagem foi de trem, bastante confortável com o teto envidraçado, para se apreciar a paisagem como um todo do trajeto pelos labirintos da Cordilheira dos Andes. Durou cerca de quatro horas até chegar a Águas Calientes.

Águas Calientes é um pequeno vilarejo cravado entre as montanhas que circundam Machu Picchu, às margens do caudaloso rio Urubamba, cujas águas movimentam importante usina hidrelétrica que abastece Cuzco e região. Embora exista uma rua na cidade, não se permite circulação de carros, exceto ônibus e o trem que chega na estação final. É um lugarejo bonito, tranquilo e acolhedor, com termas, um comércio movimentado e uma gastronomia convidativa.

É dali que partem os ônibus para subir até as montanhas de Machu Picchu, que é o nome da mais vistosa das montanhas. Na realidade, as ruínas ficam na montanha Huayna Picchu, de onde se tem um panorama deslumbrante das edificações incas como pano de frente para a montanha Machu Picchu.

As edificações datam do século XV, auge do império inca, mas suas ruínas foram descobertas somente na década de 1870. A concepção da cidadela mostra suas finalidades agrícolas, religiosas, educativas e científicas, mais precisamente, a astronomia e matemática.

Passeio sobre o rio Urubamba, em Águas Calientes. 2009.
Rio Urubamba e o trem, vistos do alto de Machu Picchu. 2009.

Machu Picchu foi um dos destinos mais explorados no filme “Diários de Motocicleta”, assim como em “Transformers, Rise of the Beasts”.

Confira um trecho no clipe que segue.

A cena mostra um guia explicando sobre Machu Picchu, onde aparece o rio Urubamba no fundo.

Existem caminhos a pé para se chegar até o alto das montanhas. Acredito que o deslumbramento com a paisagem da cidadela em ruínas deve ser um prêmio para o sacrifício da subida. Fomos transportados confortavelmente em ônibus e assim, pudemos desfrutar de longo tempo, para admirar, pesquisar, sentir as vibrações e fotografar Machu Picchu.

As células denotam o esmero com a educação dos incas. 2009.
Ao fundo, a montanha Machu Picchu. No sopé, a cidadela inca. 2009.
Uma das pedras, que dizem emanar energia cósmica dos tempos incas. 2009.

Confira nos clipes que seguem, as emoções que o cenário oferece aos filmes.

A cena de “Diários de Motocicleta” mostra o momento do deslumbre de Guevara e seu amigo ao avistar o monte Machu Picchu.

A cena mostra o início do passeio exploratório de Guevara e seu amigo, em “Diários de Motocicleta”.

Clipe que mostra os dois aventureiros percorrendo pelos pontos importantes das ruínas.

Cenas da chegada dos robôs em Machu Picchu, exploradas no filme “Transformers”.

Cenas de muita ação em plenas ruínas de Machu Picchu, vistas em “Transformers”.

Seguem as informações sobre os filmes citados.

Título original: Diários de Motocicleta
Título no Brasil: Diários de Motocicleta
Diretor: Walter Salles
Ano de produção: 2004
Protagonistas: Gael Garcia Bern, Rodrigo De La Serna, Mercedes Moran, Jean Pierre Noher

Título original: Transformers: Rise of the Beasts
Título no Brasil: Transformers: O Despertar das Feras
Diretor: Steven Caple Jr.
Ano de produção: 2023
Protagonistas: Anthony Ramos, Dominique Fishback, Peter Cullen, Pete Davidson

Segue foto que nos retrata carregados da energia de Machu Picchu, encerrando esta descrição de uma das mais importantes viagens realizadas.

Em Machu Picchu, Perú. 2009.

Não perca na próxima semana, o passeio que ilustra o Corcovado, mais uma Maravilha do Mundo.

Corcovado, Maravilha do Mundo

Neste capítulo será descrito o Cristo Redentor, uma das Sete Maravilhas do Mundo da era moderna.

Parece não ser incomum que, de certa forma, vamos postergando conhecer as coisas que estão mais perto de nós. Isto aconteceu comigo em relação a Foz do Iguaçu, que está no Estado onde resido. Comparado com o Exterior, demorou vários anos para nós visitarmos o Rio de Janeiro. O passeio à Cidade Maravilhosa aconteceu somente em 2010.

Daí, vem sempre a expressão: por que não conheci antes?

Estar no Rio de Janeiro é um desejo acalentado por pessoas do mundo inteiro. Talvez existam três objetivos principais desta obstinação: o Maracanã, que já foi o maior estádio de futebol do mundo; o carnaval, festejo consagrado como identidade do Brasil e a estátua de Cristo Redentor, uma das mais altas do mundo, retrato da religiosidade brasileira.

A estátua de Cristo Redentor fica no alto do morro do Corcovado, a pouco mais de 700 metros acima do nível do mar. É construída em concreto armado e seu revestimento são peças recortadas de pedra-sabão. Tem 30 metros de altura, sem contar os oito metros do pedestal, que abriga uma capela. O monumento é um santuário católico. Sua construção foi iniciada na França em 1922 e teve sua inauguração em 1931. No evento inaugural, a estátua foi iluminada por holofotes acionados remotamente por ondas de rádio, comandadas pelo seu inventor, Guglielmo Marconi, diretamente de Roma, a 9.200 km de distância.

Vista do Cristo Redentor no alto do morro do Corcovado. 2010.
É a maior estátua do mundo, no estilo Art Déco. 2010.

O Rio de Janeiro foi cenário do filme “Moonraker”, estrelado por Roger Moore no papel de 007.
Confira no clipe a seguir.

Cenas de “Moonraker”, quando 007 chega à Cidade Maravilhosa.

Seguem as informações do filme.

Título original: Moonraker
Título no Brasil: 007 Contra o Foguete da Morte
Diretor: Lewis Gilbert
Ano de produção: 1979
Protagonistas: Roger Moore, Lois Chiles, Michael Lonsdale, Richard Kiel

Despedimos-nos do monumento assim que o sol se foi.

Desfrutando dos poucos minutos ao sol junto ao Cristo Redentor. 2010.

De Ipanema ao Sambódromo

Ao se falar em praia, as imagens de Copacabana e Ipanema são as mais conhecidas. Cantadas e contadas em verso e prosa, são ícones do lazer e prazer em ambiente natural, propagados mundo afora. Em filmes, também.

O Rio de Janeiro é conhecido pelas suas belezas naturais. Cravada e recortada por diversos morros que ladeiam as águas do Atlântico Sul e a Baia de Guanabara, a cidade mostra a sua magia em ser denominada Cidade Maravilhosa. Até mesmo as inúmeras favelas que enfeitam as encostas dos morros colaboram para confirmar este conceito.

Uma das maiores favelas do Rio de Janeiro. 2010.
Praia de Copacabana, inspiração para música, poemas e filmes. 2010.
Praia de Ipanema, idem, idem. 2010

Estas vistas naturais e artificiais serviram de cenário para o filme “Mooraker”, com Roger Moore.

Confira no clipe a seguir.

Cenas do filme “Moonraker”. quando 007 está sendo seguido em Copacabana.

Outra atração imperdível quando se vai ao Rio, é o Sambódromo. No Carnaval, é o palco do desfile das escolas de samba. É uma atividade profissional que consome o ano inteiro de preparativos que culminam nos dias do Carnaval. Vai desde a concepção do tema, inspiração e suor para a confecção das fantasias, coreografias, ensaios dos dançarinos e músicos.

No Sambódromo, há uma espécie de museu, com fantasias e objetos usados em desfiles anteriores, onde os turistas podem reviver as fantasias de estar num desfile de samba.

Painel dentro do Sambódromo. 2010.
Em alguns casos, pode-se vestir a fantasia para fotografias. 2010.
Palco do desfile das escolas de samba durante o Carnaval. 2010.

O Carnaval do Rio também foi retratado no filme “Moonraker”, com Roger Moore.
Confira no clipe a seguir.

Cena de “Moonraker”, em o herói 007 está no meio do desfile de carnaval no Sambódromo.

Seguem informações sobre o filme.

Título original: Moonraker
Título no Brasil: 007 Contra o Foguete da Morte
Diretor: Lewis Gilbert
Ano de produção: 1979
Protagonistas: Roger Moore, Lois Chiles, Michael Lonsdale, Richard Kiel

E para descansar após a folia de carnaval, uma tranquila pose na praia de Ipanema.

Tranquilidade da praia de Ipanema. 2010.

Emoções no Pão de Açúcar

São dois morros separados numa mesma península: a Urca e o Pão de Açúcar. Para se chegar até o segundo, sobe-se inicialmente ao morro da Urca e depois, toma-se um teleférico que vai daí até o pico do Pão de Açúcar. De lá, tem-se uma vista total do Rio de Janeiro e Niterói, de quase 400 m de altura, desde que as nuvens baixas e o nevoeiro não atrapalhem.

O trajeto com teleférico é muito emocionante. Atualmente, é moderno, com muita segurança e espaço suficiente para 65 pessoas. Como o trajeto é rápido, de apenas três minutos, com os dois bondinhos trafegando simultaneamente, cerca de 1200 pessoas podem ser transportadas a cada hora.

Morro do Pão de Açúcar e a Fortaleza São João da Barra. 2010.
Pão de Açúcar, Urca e o Corcovado. 2010.
Pão de Açúcar, com vista para Niterói, desde o morro da Urca. 2010.
Aguardando a chegada do bondinho no morro da Urca. 2010.
Vista da Baía de Guanabara, com o cenário onde foi filmado “Ainda estou aqui”, premiado com o Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025. 2010.
Pão de Açúcar com os bondinhos do teleférico. 2010.
No alto do Pão de Açúcar é preciso ter sorte para não ter nuvens e neblina. 2010.

O monumento foi cenário de “Moonraker”, com Roger Moore, onde destaquei as cenas mais emocionantes. Confira nos clipes que seguem.

Cenas de “Moonraker”, quando os bondinhos são parados em pleno ar.

Cenas de “Moonraker”, quando 007 chega para subir ao Pão de Açúcar.

Cenas de “Moonraker”, quando 007 está com a coadjuvante num dos bondinhos.

Cenas mais emocionantes de luta sobre os bondinhos do Pão de Açúcar.

Seguem informações sobre o filme.

Título original: Moonraker
Título no Brasil: 007 Contra o Foguete da Morte
Diretor: Lewis Gilbert
Ano de produção: 1979
Protagonistas: Roger Moore, Lois Chiles, Michael Lonsdale, Richard Kiel

Depois das emoções, nada como um relax com o pessoal do passeio junto ao bondinho antigo.

Acompanhantes do passeio pelo Rio de Janeiro, junto ao antigo bondinho. 2010.

Seguindo o Imperador

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro, repositório vivo de 6.500 espécies vegetais, distribuídas numa área de 54 hectares, foi fundado pelo príncipe (e depois Rei Dom João VI) em 1808, com o nome de Real Horto. Após a independência do Brasil, passou por diversas denominações, como Real Jardim Botânico, Imperial Jardim Botânico, até a proclamação da República, quando recebeu a atual denominação de apenas Jardim Botânico. Foi um ponto visitado por cientistas como Albert Einstein.

Alameda de palmeira imperial no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 2010.
A coleção de cactos do Jardim soma 400 espécies, sendo 64 ameaçadas de extinção. 2010.
Exemplar de sumaúma, espécie da Amazônia. 2010.

Após a visita ao Jardim Botânico, tomamos a Estrada da Vista Chinesa, para alcançarmos um pequeno monumento sui generis, de onde se tem uma vista panorâmica de boa parte do Rio.

Trata-se do Mirante da Vista Chinesa, localizado na Floresta da Tijuca, no formato de um coreto em estilo chines. Sua origem remonta à época de Dom João VI, com a vinda de chineses plantadores de chá ao Império.

É construído em argamassa, imitando uma estrutura de bambu. Dalí, tem-se uma ampla visão panorâmica da região do Corcovado, Lagoa Rodrigo de Freitas, Pão de Açúcar até Niterói.

Início da subida da Estrada da Vista Chinesa. 2010.
O acesso é todo pavimentado e seguro, facilitando a subida. 2010.
Mirante da Vista Chinesa, edificado com argamassa imitando bambu. 2010.
Vista panorâmica no Mirante da Vista Chinesa. 2010.

Mais adiante, na mesma estrada, existe a Mesa do Imperador, construído como um local para descanso e lazer da família imperial, que visitava frequentemente o logradouro.

A Estrada da Vista Chinesa foi cenário do filme “Mooraker”, com Roger Moore.

Confira no clipe a seguir.

Cena do filme “Moonraker”, onde 007 sobe a pé a estrada da Vista Chinesa.

Seguem informações sobre o filme.

Título original: Moonraker
Título no Brasil: 007 Contra o Foguete da Morte
Diretor: Lewis Gilbert
Ano de produção: 1979
Protagonistas: Roger Moore, Lois Chiles, Michael Lonsdale, Richard Kiel

E, para relaxar ao estilo asiático, vamos descansar no setor japonês do Jardim Botânico e no mirante da Vista Chinesa.

Jardim Japonês dentro do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 2010.
Sob a proteção da cobertura do Mirante da Vista Chinesa. 2010.

Aventura nas Cataratas do Iguaçu

Um exemplo clássico de destino turístico no Brasil é, sem dúvida, as Cataratas do Iguaçu. E estão localizadas no Paraná!

A primeira vez que fui para lá, foi quando acompanhei dois docentes da Universidade de Hokkaido que tinham vindo para Curitiba durante as tratativas de um projeto junto à Universidade Federal do Paraná. Nos idos de 1996.

Eu os conheci no Japão, durante um estágio pós-doutoral realizado naquela universidade no ano de 1994. Dois anos após, eu os reencontrei aqui no Paraná. Percorremos juntos diversas localidades no Estado, incluindo, no final da viagem, uma esticada profissional até o Parque Nacional do Iguaçu.

Coincidentemente, naquele ano eu havia adquirido o meu primeiro carro de tamanho grande, um Santana de quatro portas, com ar condicionado e direção hidráulica! A viagem foi para “amaciar” o motor, procedimento obrigatório daquela época para os carros novos, período antes da primeira revisão.

Na viagem, com o carrão lotado, estavam os dois docentes japoneses, Takuro Shinano, Mitsuro Osaki e o meu colega da UFPR, o professor Bruno Reissmann.

Parada no meio do caminho Curitiba-Foz. No centro, Dr. Osaki e à direita, Dr. Reissmann 1996.
No centro, o diretor do Parque Nacional do Iguaçu, J.C. Ramos, à esquerda, M. Osaki. 1996.
As conhecidas Cataratas do Iguaçu. 2002.

Fora do programa profissional, tivemos a oportunidade de vivenciar um pouco do turismo nas cataratas. Emoção inesquecível foi o passeio com bote, que navega até quase encostar nas quedas d´água. Uma experiência de tirar o fôlego, na estrita concepção da palavra.

Passeio de bote até as quedas d´água, com o Dr. Shinano. 1996.
Passeio de bote até as quedas d´água, com o Dr. Osaki. 1996.
Emoções bem molhadas. Foz do Iguaçu, 1996.

As Cataratas do Iguaçu foram cenário de diversos filmes. Dentre os quais, eu destaco “A Missão”, com Robert DeNiro e Liam Neeson.

Cenas de “A Missão”, quando os protagonistas chegam para admirar as cataratas.

As emoções em navegar bem próximo das quedas são mostradas em dois filmes: “A Missão”, e também no filme de James Bond “Moonraker”, com Roger Moore.

Cenas emocionantes de “A Missão” navegando com barco desde o alto das cachoeiras.

Cenas emocionantes de “Moonraker”, quando o herói 007 transforma seu barco em um asa-delta sobre as cataratas.

Seguem as informações sobre os filmes

Título original: The Mission
Título no Brasil: A missão
Protagonistas: Robert DeNiro, Liam Neeson, Jeremy Irons, Bercelio Moya.
Diretor: Roland Joffé
Ano de produção: 1986

Título original: Moonraker
Título no Brasil: 007 contra o foguete da morte
Protagonistas: Roger Moore, Lois Chilles, Richard Kiel, Blanche Ravalec.
Diretor: Lewis Gilbert
Ano de produção: 1979

E assim, terminamos este passeio profissional-turístico, repleto de conhecimentos e emoções inesquecíveis.

Descendo as Ladeiras do Pelourinho

Salvador, capital da Bahia, foi um dos nossos mais recentes passeios. Esse destino também postergamos por muito tempo, com o preconceito de ser uma cidade suja, barulhenta e insegura.

Tudo isso foi devidamente dissipado, com a agradável e deslumbrante surpresa em conhecermos uma grande cidade, acolhedora, segura e, sobretudo, bem brasileira. A atmosfera que predomina a urbe, assim como o aroma da comidinha baiana, é de descontração e uma plena liberdade.

A cantoria se sobressai na cidade, é claro. Em qualquer canto, encontramos alguém batucando, só ou acompanhado de uma roda de amigos.

Entre o acarajé da Cira e a moqueca vegana em comemoração ao aniversário da Neusa, no Cuco Bistrô, foram muitos os sabores que experimentamos no passeio, que se estendeu até a Praia do Forte e Guarajuba. Por lá, pudemos conhecer um dos projetos TAMAR, que tem o propósito de proteger as tartarugas marinhas em extinção. Existem apenas sete no mundo inteiro e cinco delas moram no litoral brasileiro.

Ficamos hospedados numa pousada a uma quadra do Largo do Pelourinho. Melhor localização não poderia existir. O Largo era como se fosse o nosso quintal, para desfrutar diariamente. De comida gostosa, de gente alegre e muito batuque. Até tarde da noite. Mas, não nos incomodou em nosso sono dos inocentes.

O Largo é o ponto central da antiga cidade de Salvador. Nos primórdios, o local serviu para o castigo dos condenados amarrados a um pelourinho, espécie de pilar em concreto ou pedra, artefato usado para o suplício em público de criminosos e escravos. Daí, advém o nome do logradouro. É avizinhado por inúmeras igrejas e, bem no centro onde começa o Largo, está a Casa de Jorge Amado.

Casa de Jorge Amado, no alto do Largo do Pelourinho. Salvador, 2024.
Ladeira do Largo do Pelourinho, onde se vê a Igreja N.S. do Rosário dos Pretos e a Igreja N.S. do Carmo de Salvador. 2024.
Descida para o Largo do Pelourinho. 2024.
Recebendo um passe no Largo do Pelourinho. 2024.
Batuque na descida para o Largo do Pelourinho. 2024.

Este logradouro foi palco para alguns filmes, como a gravação do videoclipe de Michael Jackson, They Don’t Care About Us, realizado em 1966.

O filme brasileiro que consagra o Pelourinho é “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, com Sônia Braga e José Wilker.

Confira as cenas nos clipes que seguem.

Cena de “Dona Flor e seus Dois Maridos”, em que Vadinho (José Wilker) canta com os amigos no Largo do Pelourinho.

Cena quando Vadinho sobre a rua vindo do Pelourinho.

Ponto alto do filme, quando Dona Flor e seus dois maridos (sendo um deles o  fantasma pelado de Vadinho), descem a ladeira do Pelourinho.

Cenas finais do filme, mostrando as igrejas que rodeiam o Largo do Pelourinho.

Seguem informações sobre o filme.

Título original: Dona Flor e seus Dois Maridos
Direção: Bruno Barreto
Ano de produção: 1976
Protagonistas: Sonia Braga, José Wilker, Mauro Mendonça, Nelson Xavier

 

Para finalizar este passeio, vai uma foto com uma autêntica baiana.

Dos Maias ao Seresteiro de Acapulco

Nesta publicação, vou descrever Chichén Itzá, uma das Sete Maravilhas do Mundo da era moderna.

Visitar o México é uma experiência de viagem no tempo, desde os anos 600 d.C. até aos encantos paradisíacos de Cancún. A península foi construída e habitada pelos astecas e maias até a chegada dos conquistadores espanhóis. Pouco tempo depois da convivência e miscigenação entre os povos, os nativos originais desapareceram como num passe de mágica. No passeio, conhecemos a Cidade do México, Acapulco, Mérida e Cancún. Irei descrever neste capítulo, as experiências vivenciadas em Acapulco e Mérida.

Acapulco é uma das maiores cidades do México e localiza-se no litoral ao sul da capital, banhada pelo Oceano Pacífico Norte. Foi e continua sendo uma das cidades mais exploradas pela indústria cinematográfica, sendo habitada e visitada por personalidades como John Wayne, Mario Moreno (Cantinflas), Elvis Presley, Chaves, John Kennedy, Antonio Banderas, Elizabeth Taylor e Brigitte Bardot entre outras.

Baía de Acapulco em 2011.

A nossa morada em Acapulco foi o Hotel Elcano, que aparece no filme “O Seresteiro de Acapulco”, protagonizado por Elvis Presley.

Fachada do Hotel Elcano, em Acapulco. 2011.

Confira o cenário do filme no clipe a seguir.

Cena de “O Seresteiro de Acapulco”, protagonizado por Elvis Presley.

Uma das atrações mais frequentadas culmina com o salto de mergulhadores do alto da montanha La Quebrada. O ponto mais alto dista 30 metros da água turbulenta do canal.

Mergulhadores de Acapulco. 2011.

Elvis Presley atuou como mergulhador em “O Seresteiro de Acapulco”.

Confira no clipe a seguir.

Cena emocionante do filme é quando Elvis mergulha de uma altura de mais de 30 metros.

De Acapulco voamos para Mérida com o objetivo de conhecer as pirâmides de Chichén Itzá. Mérida é uma cidade litorânea situada no Golfo do México. Destino para descanso e compras, numa atmosfera tranquila, bem diferente da Cidade do México e de Acapulco. A cidade possui o colorido branco, característico da cal usada para pintar as fachadas das edificações.

A Cidade Branca, como é conhecida Mérida, México. 2011.

A maior atração histórica da região são as pirâmides de Chichén Itzá. A principal pirâmide é a Kukulkán, com 30 m de altura e 65 m de base. Seu nome advém da serpente de mesma denominação e está representada na mureta ao longo das quatro escadarias. Nos equinócios da primavera (março) e do outono (setembro), projeta uma sombra perfeita de uma serpente que desce desde o topo até o solo. A soma dos degraus dos quatro lados da pirâmide totaliza 365, denotando a precisão e fascínio dos maias pela astronomia e calendários naturais.

Pirâmide de Kukulkán, de Chichén Itzá. 2011. Na escadaria da esquerda é possível ver a ondulação formada pelo corpo da serpente.
Topo da pirâmide Kukulkán, que completa os 30 m de altura. 2011.

No filme “Apocalipto”, dirigido por Mel Gibson, é bem explorado o cenário de Chichén Itzá. É uma obra impactante, com cenas muito fortes de sacrifício e morte.

Confira no clipe a seguir.

Cena forte da película quando os condenados são jogados do alto da pirâmide sobre uma grande lâmina cortante, que parte o corpo em duas metades.

Seguem as informações sobre os filmes.

Título original: Fun in Acapulco
Título no Brasil: O Seresteiro de Acapulco
Diretor: Richard Thorpe
Ano de produção: 1963
Protagonistas: Elvis Presley, Ursula Andress, Elsa Cárdenas, Alejandro Rey

Título original: Apocalyto
Título no Brasil: Apocalypto
Direção: Mel Gibson
Ano de produção: 2006
Protagonistas: Gerardo Taracena, Raoul Max Trujillo, Dalia Hernandez, Rudy Youngblood

E assim, encerramos este passeio emocionante, aliado a memórias históricas seculares e muito divertimento.

Cantando como profissionais exóticos contratados em Cancún. 2011.

Desafiando a Grande Muralha

Neste capítulo, irei descrever a Grande Muralha da China, uma das Sete Maravilhas do Mundo da era moderna.

A nossa viagem à China foi no ano de 2013, quando os custos turísticos ainda eram atrativos. Lembro-me que, com tudo incluso: voo internacional, dois voos domésticos, viagem em trem-bala, hotéis com excelente classificação, todas as refeições, inúmeros passeios em Beijing, Xian e Xangai, em veículos exclusivos, com motorista e com guia falando em bom inglês e ingressos em todos os pontos dos passeios, não custou mais do que R$ 12mil para o casal. Para um período de duas semanas. E fiz reservas e compras tudo sozinho, via internet, sem intermediação de empresa de turismo brasileira. 

Sempre digo, que aquela viagem foi um negócio da China!

Começamos a viagem em Beijing, ponto de partida para conhecer a famosa Muralha da China. A imensidão do monumento é impressionante. A porção que visitamos encontra-se bem restaurada, com acesso confortável.

A impressionante Grande Muralha da China, Maravilha do Mundo. 2013.
Este é o ponto visitado pelo ex-presidente Obama em 2009. Estivemos em 2013.

O monumento foi cenário para o recente filme bastante criticado, “The Great Wall”, com Matt Damon.

Confira nos clipes que seguem.

Cenas de “The Great Wall”, quando Matt Damon e Pedro Pascal são aprisionados na Grande Muralha.

Impressionantes cenas quando Damon é obrigado a saltar da Muralha.

Seguem as informações sobre o filme.

Título original: The Great Wall
Título no Brasil: A Grande Muralha
Diretor: Yimou Zhang
Ano de produção: 2016
Protagonistas: Matt Damon, Tian Jing, Willen Dafoe, Pedro Pascal

Nada como uma pausa serena depois de subir naquela muralha.

A tranquilidade nirvânica do Palácio de Verão, em Beijing. 2013.

Os Guerreiros de Terracota a 300 Km/h

Após conhecer as principais atrações, dentre as quais, a Grande Muralha da China, a Cidade Proibida e o Templo do Céu, pegamos o trem-bala, por conta própria, pois não era permitido a entrada de não passageiros na estação. O destino era a cidade de Xian, distante pouco mais de mil quilômetros. A uma velocidade de até 300 km/h, a viagem durou menos de 5 horas! Houve apenas três paradas em cidades maiores do trecho. A desaceleração do trem era muito rápida e a parada não durava mais do que dois minutos. Era o tempo para os fumantes saírem, dar umas tragadas bem longas no cigarro, apagar o mesmo em local apropriado na plataforma e adentrarem correndo para o comboio.

O que me impressionou foram os sanitários. Cada vagão tinha um, bastante amplo, separados para masculino e feminino e, pasmem, eram higienizados a cada uso! O limpador ficava postado ao lado e executava o seu serviço a cada usuário que saía. Eu fico imaginando como seriam os sanitários da primeira classe. Com certeza, os assentos devem ser almofadados, com ducha higiênica quentinha e aquela mãozinha mecânica que vem de baixo para lavar e enxugar o respectivo. Acho que seria um conforto e segurança dignos do alto preço da passagem.

Trem-bala que faz o trecho Beijing-Xian. 2013.
Velocidade máxima que registrei durante a viagem. 2013.

O principal objetivo para visitar Xian foi conhecer, pessoalmente, o que se considera a oitava maravilha do mundo. A sétima, é a Muralha da China, que havíamos conhecido em Beijing. Xian é conhecida por inúmeros monumentos gigantescos, milenares e classificados como destinos imperdíveis em panfletos turísticos.

O mais famoso de tais monumentos é, sem dúvida, a coleção dos conhecidos Guerreiros de Terracota. Foram encontrados por acaso durante a perfuração de poço de água em terras de agricultura, em 1974. Depois de escavados, foram mantidos em três grandes escavações originais. Estima-se que no início havia cerca de oito mil soldados moldados em argila vermelha, conhecida como terracota, perfilados e em diversas outras posições. Havia também 130 carruagens com 520 cavalos e 150 soldados de cavalaria. O exército ocupa três museus de grandes dimensões, edificados diretamente sobre as escavações, com toda a infraestrutura para atender a demanda turística permanente.

O contraste entre o milenar e o moderno, em Xian. 2013.
General Ta-Ka-O ladeado por dois protetores. Xian, 2013.
Uma das escavações do Exército de Terracota, em Xian. 2013.
Todas as esculturas estão no sítio onde foram encontradas. 2013.

Dentre os filmes que foram rodados tendo como cenário o exército de terracota, destaco “The Myth”, estrelado por Jackie Chan.

Confira no vídeo, o momento em que o ator, um pesquisador arqueólogo, percorre o salão de recuperação e reconstituição das figuras em argila.

Cena do filme “The Miyth”, com Jackie Chan.

De Xian, voamos para Xangai, um dos maiores centros financeiros do mundo moderno. Embora milenar, a cidade se apresenta com um destaque arquitetônico de vanguarda, identificando-se com as maiores metrópoles do planeta.

Icônico é o mercado de Yu Garden, que me lembrou algum ponto da cidade de Amsterdam, devido à heterogeneidade de pessoas passeando, conversando, comprando. Fazendo uma analogia simples, é como estar passeando pela torre de Babel, onde ninguém entende ninguém.

O Bund, como é conhecido este centro de Xangai, às margens do rio Huangpu. 2013.
Espaço intermediário entre o Mercado e o Jardim de Yu Garden. 2013.

Ao lado do Mercado, existe o efetivo Yu Garden, um espaço composto onde se percebe a harmonia entre a arquitetura e a natureza. É um local para apreciar, meditar e descansar.

Exterior do Yu Garden. 2013.
Interior do Yu Garden. 2013.

Este local também foi utilizado como cenário no filme “The Myth”.

Confira no clipe que segue.

Seguem as informações do filme.

Título original: The Myth
Título no Brasil: O mito
Diretor: Stanley Tong
Ano de estreia: 2005
Protagonistas: Jackie Chan, Barbie Tung, Tony Leung Ka-fai, Kim Hee-seon.

E assim, terminamos este passeio que pareceu uma viagem no tempo e no espaço, com lembranças milenares associadas ao deslumbramento da modernidade do outro lado do planeta.

Chicago Fire

Conheci os Estados Unidos da América somente em 2016, quando atendi ao convite do meu colega de faculdade e amigo da família, Araujo. Ele e esposa mantém um apartamento na cidade de Chicago, estado de Illinois. Na mesma localidade, mora o seu filho primogênito Alexandre, com esposa e três filhos.

Foi uma das viagens mais bem aproveitadas, onde tivemos a oportunidade de conhecer os recantos importantes desta bela cidade, famosa por gente como Abrahan Lincolm, Al Capone e Barack Obama, assim como Harrison Ford e Robin Williams.

Chicago é uma das mais importantes metrópoles do planeta, sob todos os aspectos. A sua arquitetura é emergente, desde o grande incêndio de 1871, que destruiu o centro e boa parte da urbe. Folcloricamente, o fogo teve início numa fazenda onde uma vaca teria chutado e derrubado uma lanterna. O escritor da reportagem confessou, mais tarde, que tinha inventado tal história para dar um colorido especial à tragédia.

Assim como eu faço, às vezes, com os meus escritos! Eu fantasio e aumento, mas não invento!

Atualmente, a cidade tem um conjunto arquitetônico progressista, com edifícios marcantes como o Willis Tower, o segundo mais alto do país, depois do One World Trade Center, de Nova York, construído em substituição às torres gêmeas destruídas pelo ataque terrorista do marcante 11 de setembro de 2001. No último andar, de 108 no total, há um deck envidraçado, de onde se tem uma visão de 360 graus de toda a Chicago. Há também expansões com piso de vidro, que dá a impressão de se estar flutuando sobre a cidade.

Ao centro, o Edifício Willis Tower, em 2016.
No deck da Willis Tower, 2016.
Vista da cidade e do Lago Michigan, 2016.

Durante o passeio, tivemos oportunidade de visitar os mais importantes museus, caminhar pelas avenidas do centro e logradouros ícones de Chicago, como o grande feijão do Millenium Park e a famosa Avenida Wabash, cenário de filmes que são rodados na cidade.

Avenida Wabash, uma das principais de Chicago, com rodovia por cima. 2016.
The Bean (Feijão), escultura com 168 placas de aço polido. 2016.

Fizemos um passeio de barco pelo Rio Chicago, que desagua no Lago Michigan, onde se localiza o Porto de Chicago. A viagem é bem interessante, que percorre ao longo de um desfile de edifícios, incluindo o do Trump. O trecho atravessa diversas pontes, dentre as quais, a ponte Wabash, que é a continuação da avenida de mesmo nome.

Rio Chicago, através do qual se faz o passeio panorâmico de barco. 2016.

O passeio foi um cenário do recente filme de Jason Statham, “A Working Man”, de 2025. Ele faz o papel de um combatente de elite aposentado que usa de suas habilidades para resgatar a filha de um amigo, mesmo que colocando a sua família em perigo.

Confira no clipe a seguir, a cena onde aparecem os barcos de passeio pelo Rio Chicago.

Cenas do filme “A working man”, quando Statham apanha a menina na escola, tendo como cenário o passeio de barco pelo Rio Chicago.

Chicago está locada na região dos Grandes Lagos, no norte dos Estados Unidos. O Lago Michigan é um dos maiores e único que está inteiramente no país. Banha quatro estados, Indiana, Illinois, Wisconsin e Michigan.

Alexandre Araujo mantém uma casa de veraneio as margens do referido lago, do lado oposto a Chicago, na pequena cidade pictórica de Saugatuck. Foi ali que experimentei a pesca em grande estilo numa pescaria de meio dia promovida por ele.

E como não sou mentiroso e, portanto, mato e mostro a cobra, mostrarei um dos três salmões que eu pesquei, de mais de três quilos.

Takao puxando um dos salmões que pescou no Lago Michigan, 2016.
Takao mostrando o maior salmão que pescou no Lago Michigan, em 2016.

Existe uma rodovia icônica do país, a rota 66, que liga Chicago à Santa Mônica, na Califórnia, cortando o país de leste a oeste. Foi num dos passeios na cidade que, casualmente, deparamos com a placa indicativa da referida rodovia, dizendo onde começa, ou termina, a famosa estrada.

Placa indicativa da famosa Rota 66, em Chicago. 2016.

As duas famílias Araujo residem no elegante bairro Bucktown, na região centro-norte de Chicago. É um bairro bem tranquilo, muito bem arborizado, com todas as facilidades, bem acessível por todos os meios de transporte. São apenas duas estações de trem até o centro.

Bairro de Bucktown, onde residem os Araujo. 2016.

É um bairro gostoso para passeios a pé. Foi numa das caminhadas, que deparamos com algo bastante conhecido por nós. Aqui fica a sede do Departamento de Incêndios de Chicago (Chicago Fire Department).

Há um seriado de televisão, estreado em 2012 e que está em sua 13ª temporada. Tem como cenário a cidade de Chicago, onde os episódios acontecem em diferentes partes da urbe. Os heróis do fogo costumam ter o seu happy hour num bar de Bucktown, o Lotties. No filme, batizaram o local como Mollies, de propriedade de dois bombeiros do seriado.

Prédio do Corpo de Bombeiros de Chicago, no bairro Bucktown. 2016.
Bar Lotties, local de encontro dos bombeiros no seriado. 2016.

Confira no clipe a seguir uma amostra do seriado onde aparece o referido bar.

As cenas mostram nitidamente a fachada do bar Lotties, que no seriado foi batizado de Mollies.

Seguem informações sobre os filmes.

Título original: A Working Man
Título no Brasil: Resgate Implacável
Diretor: David Aver
Ano de produção: 2025
Protagonistas principais: Jason Statham, Maximilian Osinski, Michael Peña, Noemi Gonzalez.

Título original: Chicago Fire
Título no Brasil: Chicago Fire – Heróis contra o fogo.
Emissora original: NBC
Estreia: 2012. Atualmente, está em sua 13ª temporada
Criação: Michael Brandt
Protagonistas principais: Jesse Spencer, Taylor Kinney, Monica Raymund, Yuri Sardarov.

Eu acredito que os verdadeiros bombeiros devem frequentar o Lotties em seu happy hour, pois fica a poucos metros da sede do Corpo de Bombeiros.

Verão no Central Park

Cronologicamente, a cidade de Nova York foi a segunda que eu visitei nos Estados Unidos. Depois de ter visitado alguns países do mundo em quatro continentes, ainda relutei por vários anos a conhecer o país vizinho da América do Norte. Não sei a razão.

Com a visita feita ao casal amigo De Araujo, em Chicago, quebrei a cisma e comecei a gostar daquele país. Tanto que, dois anos depois estávamos comemorando um aniversário em Nova York.

Esta cidade mundial é deslumbrante e merecidamente conhecida como a cidade que não dorme. Foi e é palco de inúmeros eventos internacionais dos mais importantes, assim como são os filmes e seriados rodados tendo-a como cenário.

Um dos pontos icônicos de N.Y. é o seu Central Park, um dos maiores jardins urbanos do mundo, com uma área de 3,4 km2. É um retângulo verde no centro de Manhatan, banhada no estuário dos rios Hudson e East.

Tranquilidade para passear e descansar no Central Park de Nova York. 2018.
Esta região separa dois importantes museus: o de Artes e o de História Natural. 2018.

Dois filmes bem conhecidos que tem o Central Park como cenário são “Lost in New York”, com Macaulay Culkin e “Autumn in New York”, com Richard Gere.

Confira nos clipes que seguem.

Cenas de “Lost in New York”, quando o menino Macaulay Culkin está perdido no Central Park.

Introdução do filme “Autumn in New York”, onde aparece uma visão panorâmica do famoso parque.

Cenas de “Autumn in New York”, quando Richard Gere está passeando e sendo paquerado no famoso parque.

Seguem as informações sobre os filmes.
Título original: Lost in New York
Título no Brasil: Esqueceram de Mim 2
Diretor: Chris Columbus
Ano de produção: 1992
Protagonistas: Macaulay Culkin, Joe Pesci, Daniel Stern, Catherine O’Hara

Título original: Autumn in New York
Título no Brasil: Amar em Nova York
Diretor: Joan Chen
Ano de produção: 2000
Protagonistas: Richard Gere, Winona Ryder, Vera Farmiga, Anthony LaPaglia

Um passeio rápido para se ter uma ideia do famoso parque urbano.

Emoções na Grand Central Station

Uma experiência incrível é estar na estação central de Nova York (Grand Central Station). É o maior complexo ferroviário do mundo, numa área de 19 hectares (19 quadras de 100m x 100m). Tem 44 plataformas e número de trilhos é de 67 no total, em vários níveis. A estação comporta também 24 trilhos para trem de carga. As demais, são para passageiros, incluindo inúmeras linhas do metrô. Nas áreas superiores estão as lojas, mercados, gastronomia e uma enorme área de circulação central, onde se encontra o famoso relógio de quatro faces, confeccionado em opala. O valor deste relógio é estimado em 20 milhões de dólares.

Nós ficamos hospedados num hotel ao lado da estação. Então, fazíamos dela o nosso quintal de frequência diária, para alimentação, compras e transporte de metrô para outros pontos da cidade.

Passando pela sua entrada principal na rua E42 há um viaduto da Park Avenue que é retratado em diversos filmes rodados nos arredores da estação. No outro lado desta entrada há um restaurante (Pershing), local que nós frequentamos algumas vezes.

Fachada da entrada da rua E42. O envidraçado é o hotel em que nos hospedamos. 2018.
Saguão principal no piso térreo, com o relógio de opala no centro. 2018.
Hora tranquila na estação, para uma selfie solitária. 2018.
Viaduto que liga a entrada da estação ao outro lado da rua E42. 2018.

A Grand Station foi e é cenário de inúmeros filmes e seriados. Escolhi a série FBI da TV americana, que mostra momentos de ação neste importante ponto turístico de Nova York.

Confira nos clipes que seguem

Cenas do seriado “FBI”, onde os detetives chegam no saguão da Central Station. Cenas próximas da entrada principal.

Cenas no viaduto da entrada principal.

Cena emocionante quando a atriz Peregrym caminha sobre a marquise interna do saguão principal.

Emoção no momento em que a detetive encontra a bomba instalada na estação.

Informações sobre o seriado.

Título original: FBI
Título no Brasil: FBI
Criação: Dick Wolf
Ano de início: 2018 (ainda em andamento, na temporada 7)
Protagonistas: Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Jeremy Sisto, Alana de La Garza

Ações a parte, os quatro dias que passamos em NY, principalmente, estar ao lado da Grand Station, foram bem aproveitados, emocional e culturalmente.

Aniversário no Empire State Building

O passeio para Nova York foi planejado como um bate e volta para comemorar o aniversário da Neusa no ambiente onde se encontra o famoso edifício Empire State Building.

Ícone da cidade e do país, foi o edifício mais alto do mundo por 40 anos, desde a sua construção até 1970. Possui 102 andares, totalizando mais de 440 m de altura e localiza-se bem no centro da cidade.

Em sua cobertura, há uma plataforma de observação, de onde se tem visão de 360º da grande urbe. Quem a conhece bem, pode ficar horas pesquisando onde se localizam os pontos de seu conhecimento. Outros ícones como o Edifício Chrysler (era o mais alto até a construção do Empire State), o Bryant Park, o Central Park e a Estátua da Liberdade são os mais fáceis de se localizar.

Hall de entrada do Empire State Building. 2018.
Na plataforma de observação, onde aparece o Edifício Chrysler. 2018
Ao fundo, o rio Hudson que banha Manhatan. 2018.
Vista da Estátua da Liberdade estando no Empire State (com zoom). 2018
O atual edifício mais alto de NY e o encontro dos Rios Hudson e East. 2018.

O icônico edifício do Empire State foi e serve de cenário para inúmeros filmes. Confira a seguir, cenas de “Lost in NY”, com Macaulay Culkin.

Cenas no alto do Empire State Building, onde Culkin pesquisa a vista da cidade.

Outro filme bem conhecido é “Sleepless in Seatle”, com Tom Hanks e Meg Ryan.

Confira as cenas nos clipes que seguem.

Cena emocionante do filme quando Hanks encontra o seu filho no alto Empire State.

Meg Ryan está admirando a vista do alto do Empire State, quando encontra a mochila do filho de Hanks.

Ponto alto do filme é quando Meg se encontra com Hanks e seu filho no alto do Empire State.

Seguem as informações sobre os filmes.

Título original: Lost in New York
Título no Brasil: Esqueceram de Mim 2
Diretor: Chris Columbus
Ano de produção: 1992
Protagonistas: Macaulay Culkin, Joe Pesci, Daniel Stern, Catherine O’Hara

Título original: Sleepless in Seatle
Título no Brasil: Sintonia de Amor
Diretor: Nora Ephron
Ano de produção: 1993
Protagonistas: Tom Hanks, Meg Ryan, Bill Pullman, Ross Malinger

A comemoração do aniversário durou os quatro dias do passeio. 2018.

Um dia no Museu de História de Nova York

Não parodiando o filme, mas chegando perto, passamos algumas horas visitando o Museu Americano de História Natural (AMNH).

Localizado ao lado do Central Park, o AMNH é o maior museu de história natural do mundo e em suas coleções mantém 30 milhões de fósseis e artefatos antropológicos das mais diversas origens e formas.

É uma das instituições científicas, culturais e educacionais mais reconhecidas no mundo. O museu contém 45 espaços de exibições permanentes, incluindo o Planetário Hayden e galerias para exibições temporárias.

Foi fundado por Theodore Roosevelt, pai do 26º presidente dos Estados Unidos de mesmo nome. Foi muito ligado ao museu e sua imagem está presente no mostruário.

Fóssil de Tiranossauro rex. 2018.
Estátua moai, da Ilha da Páscoa. 2018.
Junto ao Theodore Roosevelt. 2018.
Apontando para o Theodore Roosevelt. 2018.

O museu foi cenário do filme “Uma noite no museu”, estrelado por Ben Stiller e Robin Williams num de seus últimos filmes.

Confira nos clipes que seguem.

Quando Ben Stiller chega na primeira noite ao Museu, como guarda-noturno.

Dialogando com a estátua moai.

Quando a estátua de Roosevelt (Robin Williams) torna-se viva e ajuda o guarda na vistoria pelo museu.

Seguem as informações sobre o filme

Título original: Night at the Museu
Título no Brasil: Uma noite no museu
Direção: Shawn Levv
Ano de produção: 2006
Protagonistas: Ben Stiller, Robin Williams, Carla Gugino, Owen Wilson

Foi bem pouco o tempo para ver apenas o essencial que o museu oferece. Emocionante.

Meio-dia em Paris

Não parodiando o “Midnight in Paris”, mas chegando perto, num dos primeiros passeios que fizemos durante a nossa estada na Europa nos idos da década de 1970, vislumbramos a Cidade Luz em seus principais encantos.

Ficamos hospedados num pequeno hotel no centro da capital, simples e com banheiro separado dos quartos. Foi uma experiência esquisita, por mais que já estivéssemos acostumados ao banheiro coletivo na pousada de estudantes, enquanto alunos do Goethe Institut em Freiburg. Esquisito porque tinha que ser pago em separado. A economia de água na França remonta à idade média, refletindo na higiene pessoal. Acho que por isso, conseguiram desenvolver os melhores perfumes do mundo!

Pequeno hotel no centro de Paris, em 1974.

Confira no clipe que segue, imagens que mostram os arredores da nossa pousada, do filme “Midnight in Paris”, com Owen Wilson.

Cena do filme “Midnight in Paris”, quando Owen está bebendo na rua onde estava o nosso hotel.

Um dos pontos mais elevados de Paris é o Mont Martre, onde se localiza a famosa e branca Basílica de Sacré Couer. O branco de sua cor não é pintura. É que a igreja foi construída inteiramente com mármore travertino da região Seine et Marne, da capital. Possui quatro cúpulas e a central atinge 80 m de altura.

Entrada principal da Basílica de Sacré Couer. 1974.
Basílica de Sacré Couer, em Mont Martre. 1974.

No largo da basílica, funciona uma feira de artesanato, com inúmeros produtos atrativos aos turistas e parisienses.

Feira de artesanato em Mont Martre. 1974.

Confira imagens no clipe que segue.

Cena de “Mdnight in Paris”, quando Owen está passeando por Mont Martre.

A torre Eiffel é o ícone mais conhecido de Paris e representa a cidade e o país. É conhecida localmente como a “Dama de Ferro”, pois é inteiramente construída em ferro forjado. É a estrutura mais elevada desta capital, com uma altura de 330 metros. Para se chegar ao topo, onde existe uma plataforma de observação panorâmica com vista de 360º da cidade, é preciso fazer duas viagens de elevador. Da base para a primeira parada, sobe-se inclinadamente, seguindo o ângulo formado por uma de suas “pernas”. Nesta plataforma, toma-se um outro elevador, que sobre verticalmente os mais de 100 andares num lapso de tempo bastante lento, para que o passageiro desfrute das mudanças de visão durante a subida.

Foi nesta subida que experimentei, pela primeira vez, o som da cidade: um som surdo, que vai ficando cada vez mais elevado conforme se sobe, oriundo da mistura de sons dos veículos, buzinas, conversa de pessoas, chilrear dos pássaros, enfim, uma mistura sonora indescritível e única. Confesso que fiquei bastante impressionado.

A enorme torre Eiffel, entre o Jardim de Trocadéro e o Campo de Marte. 1974.
Na praça de Trocadéro, com a amiga alemã, Sra. Begelspacher. 1974.
No alto da torre Eiffel. Ao lado, o amigo alemão Begelspacher. 1974.

Confira no clipe que segue, imagens da torre à noite.

Cenas de “Midnight in Paris”, em que Owen passeia ao largo do rio Sena.

Outro ícone inconfundível de Paris, é a catedral Notre-Dame. Contada em verso, prosa e filmes, é uma das mais antigas, situada às margens do rio Sena e suas estruturas góticas são as mais representativas deste estilo arquitetônico. A altura da fachada é de 45 m e as torres gêmeas atingem 69 m de altura. Um dos filmes mais conhecidos, “O Corcunda de Notre-Dame”, com Anthony Quinn e Gina Lollobrigida, data de 1956.

Notre-Dame de Paris, em 1974.
Notre Dame vista do jardim da parte anterior da catedral.1974.

Confira no clipe que segue, imagens da catedral.

Cena de “Midnight in Paris”, quando Owen está tendo uma aula no jardim da catedral de Notre Dame.

Seguem informações sobre o filme

Título original: Midnight in Paris
Título no Brasil: Meia-noite em Paris
Diretor: Woody Allen
Ano de produção: 2011
Protagonistas: Owen Wilson, Rachel McAdams, Marion Cotillard, Kathy Bates

E para finalizar este passeio emocionante, segue imagem da Minha Dama em Paris.

Ma Dame in Paris. 1974.

A esticada ao Palácio de Versalhes

Este passeio será ilustrado com base em dois filmes: “Midnight in Paris”, com Owen Wilson e “Marie Antoinette”, com Kirsten Dunst.

O palácio de Versalhes conhecemos numa esticada da viagem feita à Paris, o que enriqueceu bastante a nossa experiência.

Está localizado num subúrbio da capital francesa e foi, no reinado de Luís XIV, centro do antigo poder da França por um século. Atualmente, serve como museu, onde os jardins que o circundam complementam majestosamente o deslumbrante palácio, copiado em outras partes do mundo. É um dos maiores do mundo, com 2 153 janelas, 67 escadas, 352 chaminés, 700 quartos, 1 250 lareiras e 70 ha de parque.

A estrutura arquitetônica do Palácio de Versalhes. 1974.

Confira imagens do palácio no clipe a seguir.

Cenas de “Marie Antoinette”, onde aparece Kirsten Dunst passeando com amigas em frente ao Palácio.

O interior do palácio é riquíssimo, com mostras de esculturas, pinturas, objetos da realeza do século 17 e corredores iluminados com lustres de cristais maravilhosos.

Saguão de entrada ao palácio. 1974.

Confira no clipe a seguir.

Cena de “Marie Antoinette” filmada no hall principal do Palácio.

Concorrendo com a beleza do palácio, são os jardins que o circundam. Projetado por Andre Le Notre, o maior paisagista do barroco francês.

Uma parte dos jardins do Palácio de Versalhes. 1974.
Os jardins são circundados por bosques primorosamente projetados. 1974.

Confira as imagens dos jardins nos clipes que seguem.

Cena de “Midnight in Paris”, em que Owen Wilson está conversando com os amigos, tendo como fundo os jardins de Versalhes.

Cenas de “Marie Antoinette”, quando Dunst está passeando solitáriamente nos jardins de Versalhes.

Seguem as informações sobre os filmes.

Título original: Midnight in Paris
Título no Brasil: Meia-noite em Paris
Diretor: Woody Allen
Ano de produção: 2011
Protagonistas: Owen Wilson, Rachel McAdams, Marion Cotillard, Kathy Bates

Título original: Marie Antoinette
Título no Brasil: Maria Antonieta
Diretor: Sofia Coppola
Ano de produção: 2006
Protagonistas: Kirsten Dunst, Jason Schwartzman, Rip Torn, Steve Coogan

Para encerrar o passeio, imagem dos príncipes nos jardins do Palácio de Versalhes.

O guerreiro ainu

Durante o estágio pós-doutoral que realizei no Japão em 1994, tive oportunidade de conhecer diversas regiões daquele país num período de 90 dias. Fui como bolsista da JICA (Japan International Cooperation Agency) e visitei todas as instituições que compõe o FFPRI (Federal Forestry and Forest Products Research Institute) em Sapporo, Tsukuba, Osaka e Kumamoto.

Foi um estágio muito proveitoso, quer sob o ponto de vista profissional, como também ao nível pessoal. Tive a oportunidade de conhecer e visitar a única tia, ainda viva na época, assim como todos os meus primos. Cinco deles vivem em Hokkaido (uma em Sapporo, um em Kushiro, dois em Kawakita e uma em Akan). Dois moram em Tokyo e uma reside em Nara.

Fiquei por dois meses em Hokkaido e o terceiro mês percorri toda a ilha de Honshu, terminando o estágio na ilha de Kyushu.

O lance mais inusitado foi ao me apresentar ao diretor do Instituto de Kumamoto. Coincidentemente, seu nome é Takao Inoue. Ao trocarmos os cartões de visita, o diálogo foi:

            – Muito prazer, Takao Inoue.

            – Muito prazer, Takao Inoue.

Os dois Takao Inoue em Kumamoto. 1994.

Enquanto em Hokkaido, tive a oportunidade de participar de projeto de pesquisa no próprio Instituto, sob a orientação do professor Koike, a quem eu havia conhecido num congresso em Nancy, na França. Pude realizar inúmeras excursões técnicas à diversos locais da ilha, incluindo o Parque Nacional de Akan e a recuperação de áreas de encostas na região de Erimo.

Discussão técnica no Parque Nacional de Akan, com a participação do professor Koike, o responsável do parque ao centro e o Dr. Mori à esquerda. 1994.
Recuperação de encostas em Erimo. 1994.

Embora eu não seja um apreciador de bebida alcoólica, tive a oportunidade de participar de eventos que envolvem destilado e fermentado. O primeiro foi no encontro dos bolsistas internacionais promovido pela JICA na fábrica de whisky da Nikka. O segundo foi em Sapporo, num jantar com os bolsistas num prédio que foi a fábrica da cerveja Sapporo Bier. Foi a primeira vez que comi um prato de carne grelhada em utensílio de ferro (segundo os sábios, o original seria um capacete de guerreiro), conhecido como “Gengis Khan”. Todos os comensais usam um babeiro enorme, que mais parece um avental, para proteger a sua roupa dos respingos de gordura quente.

Encontro dos bolsistas da JICA, na fábrica do whisky Nikka, em Yoichi. 1994.

Foi na Universidade de Hokkaido que visitei um monumento alusivo ao aniversário do grande feito tecnológico de se fabricar a neve, artificialmente. A descoberta ocorreu em 1936.

Monumento à fabricação de neve artificial, junto ao professor Koike. 1994.

O passeio mais interessante foi ao local denominado Poroto Kotan, na parte sul da ilha de Hokkaido. É ali que se encontra o melhor registro da história e cultura do povo ainu, original do Japão, mais precisamente, de Hokkaido. Os ainu representam a etnia original japonesa, de traços físicos bem distintos do atual povo japonês. Na vila que visitamos, pudemos participar de cerimônias típicas, incluindo danças e música.

Vila em Poroto Kotan, uma reserva ainu. 1994.
Danças e músicas típicas do povo ainu. 1994.
A música é cantada ao ritmo de um instrumento bucal de fios de aço, denominado mukkuri. 1994.
Ao lado de um ainu, trajado originalmente. 1994.

O filme “Kamuy”, retrata bem o dia a dia dos ainu, O enredo é rico em mostrar os costumes do povo original de uma vila ainu. Confira o clipe a seguir.

Cenas de “Golden Kamuy”, quando a protagonista principal chega a vila ainu onde estão os seus pais e amigos.

Seguem as informações sobre o filme.

Título original: Golden Kamuy
Título no Brasil: Golden Kamuy
Diretor: Sigeaki Kubo
Ano de produção: 2024
Protagonistas: Kento Yamazaki, Anna Yamada, Kenjiro Tsuda, Hiroshi Tamaki.

A última parte da viagem foi em Tsukuba, sede principal do FFPRI. Aproveitei a oportunidade para visitar um professor da Universidade de Tsukuba, o Dr. Kumazaki, que havia conhecido durante um evento científico no Brasil.

Professor Kumazaki, da Universidade de Tsukuba. 1994.

Ao final do estágio, no momento em que recebi o certificado da JICA, tive a chance de fazer a entrega do meu relatório do estágio. Durante todo o período dos três meses, eu anotei as informações mais importantes no meu diário de bordo. Eu havia recebido um laptop novinho em folha em Hokkaido para o meu trabalho. Nele, escrevi as atividades realizadas durante os dois primeiros meses, já no formato de um relatório técnico. Gravado o arquivo num disquete de 5”1/4 (ainda não havia sido inventado o de 3”1/2, nem o pen-drive, muito menos, o armazenamento em nuvem), a cada atividade durante o terceiro mês, usava o disquete para editar o relatório em algum computador disponível no instituto local.

Foi desta forma que pude entregar o meu relatório de estágio, ainda em terras japonesas, para surpresa e contentamento do diretor da JICA.

Recebimento do certificado de estágio, no ato da entrega do meu relatório de atividades. JICA, Tsukuba, 1994.

Mister se faz mencionar que durante o estágio, continuei sendo aluno de língua japonesa no Bunkyo de Curitiba. Fiquei conhecido e famoso por, mesmo estando do outro lado do planeta, enviar os exercícios-tarefa com frequência!!!

Foi um período proveitoso, digno de um guerreiro ainu!

O assassinato em Sakuradamon

Um dos monumentos mais importantes de Tokyo é o Palácio Imperial do Japão. A cidade cresceu em sua volta e atualmente, tornou-se uma ilha medieval em meio ao majestoso e moderno centro da capital, ocupando cerca de 115 hectares, pouco menor que o Parque do Ibirapuera, em São Paulo. As informações sobre o tamanho do parque que abriga o palácio são conflitantes, algumas indicando o valor de mais de 3 km2, o que equivaleria ao Central Park de Nova York.

A primeira construção data de 1457, para abrigar a família do samurai feudal Ota Dokan. Após o período feudal, o Japão tentou uma governança centralizada na pessoa do xogum, continuando a família imperial como chefe da nação, como ainda o é até os dias atuais. O período do xogunato decididamente unificado foi longo, de 1603 a 1868. Nesse período, o Palácio foi residência do xogum, com a família do imperador continuando a morar em Kyoto.

Parte do Palácio Imperial, no centro de Tokyo. 2014.
Ponte Seimon Ishibashi, na principal entrada ao palácio. 2014.

Nos primeiros tempos do período feudal, o imperador nomeava temporariamente os xoguns e tentava administrar o território estando em sua sede em Kyoto. Assim, o primeiro xogunato data de 1192, denominado “Era Kamakura”. Em seguida, o segundo foi “Era Ashikaga”, no período a partir de 1338. O terceiro e último período foi instituído por Ieyasu Tokugawa em 1603, recebendo a denominação de “Era Tokugawa”.

O último xogum foi Yoshinobu Tokugawa, que renunciou ao seu governo após o fato conhecido historicamente como “Incidente de Sakuradamon”. Foi nesse conflito que ocorreu o assassinato do ministro (Tairo) Ii Naosuke, principal assessor do xogum, que havia assinado o conhecido como “Tratado de Harris” com os Estados Unidos da América, o qual daria, futuramente, início à abertura dos portos do Japão.

O incidente recebeu a denominação devido ao fato de ter ocorrido exatamente no local onde se encontra o Portal Sakuradamon, no trajeto que Naosuke iria fazer de sua residência à sede do xogunato (onde está edificada atualmente a Dieta Nacional, equivalente ao senado e câmara dos deputados, no Brasil), para entregar o tratado recém assinado. O fato ocorreu em 24 de maio de 1860.

Portal Sakuradamon do Palácio Imperial de Tokyo. 2014.
Lado interno do Portal Sakuradamon. 2014.

O incidente foi retratado em livros e filmes. O mais conhecido, “Sakuradamon-gai no hen”, estrelado por Takao Osawa, retrata com todos os detalhes o local e o assassinato de Naosuke.

Confira no clipe a seguir.

Cenas dramáticas do filme, nos momentos do assassinato do ministro Naosuke em frente do portal Sakuradamon. O artista da cena final é o TAKAO OSAWA.

Alguns anos após o incidente, o xogum Tokugawa renunciou ao seu cargo, em 19 de novembro de 1867. Em fins do ano seguinte, o imperador e sua família chegam para empossar o Palácio Imperial em Tokyo, consagrando-o como a sua residência, desde então.

Confira no clipe a seguir.

Entrada triunfal do Imperador no Palácio, através do Portal de Sakuradamon.

Seguem as informações sobre o filme.

Título original: Sakuradamon-gai no hen
Título no Brasil: Sakuradamon-gai no hen
Diretor: Junia Sato
Ano de produção: 2010
Protagonistas: Takao Osawa, Kyoko Hasegawa, Akira Emoto, Yoichi Nukumizu

A visita ao parque onde se encontra o Palácio Imperial é reviver a época da maior transformação política pela qual passou o Japão, que marcou o início do destaque japonês em relação ao mundo, em todos os seguimentos da sociedade.

Kyoto, medieval de hoje

Kyoto ou Quioto, em português, é uma cidade ancestral do Japão, residência da família imperial do ano 789 até 1868, quando se transferiu para Tokyo, logo após a queda do xogunato. Sendo a capital por mais de um milênio, tudo o que era relacionado ao império foi sendo instituído e gravado em diversas formas: artes, escritos, arquitetura, gastronomia, etc. Assim, passear por Kyoto, que é um destino imperdível para o visitante em terras japonesas, é como viajar no tempo e no espaço, sentindo todas as transformações milenares até a contemporaneidade.

Eu tive a oportunidade de visitar a antiga capital por algumas vezes, a serviço e a passeio.

Um dos monumentos mais importantes de Kyoto, é o tempo Kyomizu-dera, templo budista cuja construção atual data de 1633, a mando do xogum Iemitsu Tokugawa. Situado numa colina, o templo é todo em madeira e não foi usado nenhum prego em sua estrutura. Tudo é feito por encaixe, arte de marcenaria dominada pelos japoneses, existindo até faculdade para a formação dos profissionais.

Templo Kyomizu-dera, com estrutura em madeira. Kyoto, 2014.
Templo Kyomizu-dera, com professor de Kyoto. 1994.

Uma das curiosidades do local, instituído na era moderna, é uma pedra de uns 120 cm de altura por 80 cm de largura, em forma aproximada de cone, instalada à alguns metros de um precipício, no final de uma das ruas de acesso ao templo. Há o desafio de a pessoa ficar a uns 30 metros da pedra e caminhar até ela, com os olhos vendados. Segundo a crença criada para o desafio, se a pessoa conseguir chegar ileso até a pedra e abraçá-la, irá encontrar a pessoa com quem se casará. Caso não consiga, certamente irá cair no precipício. Eu não quis tentar. O professor que estava me acompanhando no ano de 1994, brincando, disse que ele deveria tentar, pois ainda era solteiro.

Caminho para o desafio da pedra casamenteira, no templo Kyomizu-dera. 2014
Templo Kyomizu-dera, 20 anos depois. Não caiu, nem mudou nada. 2014.

Kyoto foi cenário de diversos filmes, dentre os quais “História de uma gueixa”, que mostra diversos pontos da antiga capital. No entanto, os cenários foram todos montados em estúdio, na Califórnia.

Outro filme, que se tornou a série “Rurouni Kenshin”, teve em sua segunda edição, cenas rodadas na área do Kyomizu-dera. Trata-se de um filme sobre samurais, baseado em mangá de mesmo título.

Uma das pontes de acesso ao Kyomizu-dera. 2014.

Coincidentemente, estávamos lá quando algumas cenas do filme estavam sendo rodadas.

Confira no clipe que segue, a cena sobre a ponte.

Cenas de “Rurouni Kenshin 2”, quando um personagem cai da ponte de acesso ao Kyomizu-dera.

Seguem as informações sobre o filme.

Título original: Rurouni Kenshin: Kyoto Taika-hen
Título no Brasil: Samurai X: O Inferno de Kyoto
Diretor: Keishi Ohtomo
Ano de produção: 2014
Protagonistas: Takeru Sato, Emi Takei, Yu Aoi, Munenaka Aoki

Terminamos assim este passeio que nos levou aos tempos dos xoguns que governaram o Japão durante 265 anos, entre gueixas e samurais.

As badaladas do Big Ben

Ao se falar sobre Londres, as imagens que nos surgem são Sherlock Holmes (até antes do que Hercule Poirot) e o Big Ben (até antes que o Palácio de Buckingham).

Nós conhecemos Londres nos idos de 1975, viajando da Alemanha, onde morávamos. Foi a primeira viagem de avião que realizamos dentro da Europa. Que eu me lembro, era um EMB 100, fabricado pela Embraer. As suas aeronaves são muito seguras e usadas para percursos curtos em grande parte dos países do mundo. Já tive oportunidade de viajar neles em outros voos. O Brasil constrói aviões de qualidade, mas não sabe fabricar carros!

Ícone conhecido desta capital, o Big Ben destaca-se na paisagem por estar numa área aberta, próximo a uma das pontes do rio Tamisa. A imagem que eu tinha do famoso relógio é de estar numa torre bem alta, no meio de um fog e estar ouvindo suas badaladas que ecoavam noite adentro. Isso, porque, nas fotos, sempre aparece somente o relógio e não a torre.

Assim, quando o vi pela primeira vez, a altura da torre onde ele se encontra me decepcionou. No entanto, a satisfação em poder estar perto do famoso monumento, dissipou de imediato a primeira decepção. A torre que abriga o maior relógio de quatro lados do mundo tem 96 metros e é considerada a quarta maior do planeta em sua função.

O Big Ben, nos idos de 1975.
O famoso relógio encontra-se na parte elevada de uma torre de 96m. 1975.

O relógio encontra-se próximo à Abadia de Westminster, onde são realizadas as cerimônias de casamento da família real.

Abadia de Westminster, Londres. 1975.

O Big Ben foi cenário de inúmeros filmes, principalmente os da série de James Bond.

Confira nos clipes que seguem.

Cena de “Branningan”, filme em que John Wayne atua como o detetive-título.

Cenas de “Rogue Nation”, quando a protagonista encontra o chefe próximo do Big Ben.

Cena de “Skyfall”, em que Daniel Craig contempla a vista onde aparece o Big Ben. 

Na realidade, outros monumentos encontram-se na quadra onde está o Big Ben.

Dentre eles, o Palácio de Westminster, conhecido também como Casas do Parlamento, onde funcionam as instituições do governo relacionadas ao legislativo.

Palácio de Westminster, Londres. 1975.

Os monumentos na quadra do Big Ben foram cenários do filme “Branningan”, estrelado por John Wayne, que podem ser conferidos nos clipes a seguir.

Cenas de “Branningan”, em que o casal de detetives passam pelo Palácio de Westminster.

Cenas de “Branningan” quando o bandido Mel Ferrer passeia ao lado da Westminster.

Seguem os dados dos filmes

Título original: Branningan
Título no Brasil: A morte segue seus passos
Diretor: Douglas Hickox
Ano de produção: 1975
Protagonistas: John Wayne, Richard Attenborough, Judy Geeson, Mel Ferrer

Título original: Rogue Nation
Título no Brasil: Missão Impossível – Nação Secreta
Diretor: Christopher McQuarrie
Ano de produção: 2015
Protagonistas: Tom Cruise, Simon Pegg, Rebecca Ferguson, Jeremy Renner

Título original: Skyfall
Título no Brasil: 007 – Operação Skyfall
Diretor: Sam Mendes
Ano de produção: 2012
Protagonistas: Daniel Craig, Javier Bardem, Judi Dench, Berenice Marlohe

Desconsiderando minha primeira impressão ao ver o Big Ben, o passeio à Londres foi repleto de emoções, degustações e retornos aos tempos medievais.

Emoções sobre o Tamisa

Antes de desaguar no Canal da Mancha, o rio Tamisa corta o meio da cidade de Londres, marcando um distinto divisor natural, ao longo do qual se desenvolveu a capital inglesa.

Por isso, ao longo das margens dele, acessadas por inúmeras pontes de elevada tecnologia de construção, localizam-se as mais importantes instituições, como os da coroa real, a Torre de Londres, o Palácio de Westminster, a Catedral de São Paulo, a coluna de Nelson, o Big Ben, apenas para citar algumas.

O rio Tamisa, onde aparece a Coluna de Nelson. 1975.
A cúpula da Catedral de São Paulo é um destaque na paisagem. 1975.

Um ícone de Londres é a Ponte da Torre, a principal via de acesso, que permite a passagem de embarcações de alto calado graças a elevação de sua pista, acionada mecanicamente.

Ela possui duas torres, uma de cada lado do rio, interligadas por uma ponte levadiça, dando acesso às embarcações que chegam ao porto do Tamisa.

Via de acesso pela Ponte da Torre. 1975.
As duas torres que compõe a Ponte da Torre. A pista levadiça pode chegar até o treliçado superior. 1975.

Do outro lado do rio estão as principais instituições do poder britânico, dentre elas, o Palácio de Buckingham e a Torre de Londres. Na torre, estão guardadas as joias da coroa real. É um dos pontos mais visitados da capital.

Palácio de Buckingham no momento da troca da guarda. 1975.
Torre de Londres, cofre das joias reais. 1975.

Os monumentos citados foram cenários de alguns filmes bem conhecidos, como os da série de 007 e Missão Impossível, assim como um dos últimos filmes do lendário John Wayne, intitulado “Brannigan”, no qual faz o papel título de um famoso detetive.

Cenas de “Missão Impossível – Rogue Nation”, quando a atriz Rebecca Ferguson tem um encontro às margens do rio Tamisa.

Cenas de “Skyfall”, em que o ator Daniel  Craig chega à Londres e passeia admirando o rio Tamisa. 

Cenas de “Branningan” em que o operador da Ponte da Torre eleva a pista para passagem de alguma embarcação.

Seguem as informações sobre as películas citadas.

Título original: Mission Impossible: Rogue Nation
Título no Brasil: Missão Impossível 5: Nação Secreta
Diretor: Christopher McQuarrie
Ano de produção: 2015
Protagonistas: Tom Cruise, Rebecca Ferguson, Jeremy Renner, Simon Pegg

Título original: Skyfall
Título no Brasil: 007 – Operação Skyfall
Diretor: Sam Mendes
Ano de produção: 2013
Protagonistas: Daniel Craig, Judi Dench, Ralph Fiennes,Javier Baldem

Título original: Brannigan
Título no Brasil: A morte segue seus passos
Diretor: Douglas Hickox
Ano de produção: 1975
Protagonistas: John Wayne, Mel Ferrer, Richard Attenborough, Judy Geeson

Emoção pura da elevação da ponte da Torre de Londres pode ser vista no filme Branningan.
Confira no clipe que segue.

Emoção pura em “Branningan”, quando John Wayne acelera o carro e consegue pular sobre a ponte sendo elevada.

Põe adrenalina nisso!!! - Donnerwetter!!!

Puxando um baseado em Picadilly Circus

Um nome fantasioso para um dos ícones mais conhecidos e frequentados de Londres. Está localizado num dos mais importantes entroncamentos da capital, no final da rua Picadilly, que se inicia no Hyde Park. Vistosos são os outdoors do principal prédio de uma das esquinas da praça. É um entroncamento complicado em termos de tráfego, com linhas de ônibus e metrô.  

No centro da praça está erigido uma estátua de Eros, o deus grego do amor. Lembra um pouco o obelisco da praça Dam, em Amsterdam. Em algum tempo da história, tais locais foram ponto de encontro de jovens para bater papo furado, trocar carinhos e também puxar um fuminho adequado. Penso que na atualidade não é o caso.

Picadilly Circus em 1975. Bem visível está a estátua de Eros no centro da praça.

Na outra ponta da rua Picadilly está uma das esquinas de entrada do Hyde Park, que somado aos jardins de Kensington, que é sua continuidade, atinge cerca de 2,5 km2, a maior área verde urbana de Londres. Ali é possível passar o tempo junto ao verde, fazer piquenique, caminhar, entre outros passatempos. Existem cadeiras e mesas disponíveis para os convescotes, por um pagamento antecipado.

A entrada mais famosa do parque se dá pelo Marble Arch, situado em outra esquina do parque.

Hyde Park, o maior de Londres, onde se pode desfrutar do sol e do verde. 1975.
Marble Arch, uma das entradas ao Hyde Park. No estilo do Arco do Triunfo, de Paris. 1975.

Conhecidos e famosos são os ônibus de dois andares, de cor vermelha, inconfundíveis. Circulam por todo o centro de Londres, ligando as principais vias como a Oxford Street, centro nervoso financeiro e comercial.

Oxford Street, centro comercial e financeiro de Londres. Notar os ônibus de dois andares. 1975.
Notar os taxis de cor preta na Oxford Street. 1975.

No filme “Branningan”, com John Wayne, inúmeros monumentos importantes de Londres foram cenários para a aventura do policial americano.

Confira nos clipes que seguem.

As cenas mostram os detetives aguardando na área onde aparece o Picadilly Circus.

Aqui, o meliante chega de carro ao ponto de encontro no Picadilly Circus.

Cenas em que o bandido Mel Ferrer passa pela área defronte o Palácio de Buckinghan.

O carro passa também pela entrada do Marble Arch.

O Kensington Garden contém diversos monumentos históricos, dentre os quais, o Palácio de Kensington, onde estão as estátuas da rainha Victoria e da princesa Diana. Um monumento mais antigo é o Albert Memorial, encomendado pela rainha Victoria em memória de seu falecido marido, o príncipe consorte Albert, que fora vitimado pela febre tifoide em 1861. O monumento tem 54 m de altura e contém a estátua de Albert em sua base.

Albert Memorial em 1975, localizado no Kensington Garden.

Este monumento foi bem explorado no filme “Branningan”, que pode ser conferido no clipe que segue.

Ponto alto do filme é quando John Wayne aciona um armadilha, que detona a parede e mostra o Albert Memorial. Acho que a cena foi filmada de dentro do Royal Albert Hall.

Seguem informações sobre o filme.

Título original: Brannigan
Título no Brasil: A morte segue seus passos
Diretor: Douglas Hickox
Ano de produção: 1975
Protagonistas: John Wayne, Mel Ferrer, Richard Attenborough, Judy Geeson

E assim, encerramos o nosso passeio pela capital inglesa, em que relembramos a tranquilidade de viajar e passear, sem preocupação maior com a segurança.

De Mozart a Noviça Rebelde

A Áustria foi um país que conhecemos numa única viagem, percorrendo desde Hamburgo com o nosso fusca alemão. Branco gelo, como deve ser.

Foi com este fusquinha que exploramos a maior parte de nossas viagens pela Europa. Eu ficava acanhado ter que dirigir pelas Autobahn (vias de alta velocidade) alemãs, com os mercedes, bmw e outros carrões zunindo ao nosso lado.

O nosso fusca alemão, visto da janela de nosso quarto em Wohltorf, Hamburgo 1974.

Talvez tenha sido uma de nossas primeiras excursões, para comemorar o meu aniversário em Viena, em 1975, há exatos 50 anos.

A nossa primeira parada foi na cidade de Salzburg, na divisa com a antiga República Federal da Alemanha. É uma cidade progressista, destino imperdível para quem visita a Áustria. Terra de Wolfgang Amadeus Mozart, um dos maiores compositores de ópera e música clássica, como Fígaro, Flauta Mágica e Pequena Serenata Noturna, dentre as mais de 600 obras. Sua primeira apresentação em público data de 1761, quando tinha apenas cinco anos de idade. Morreu em Viena, em 1791, jovem de 35 anos de idade.

Casa onde nasceu Mozart, na cidade de Salzburg. 1975.
Estátua de Mozart, em Salzburg. 1975.

Ao adentrarmos a cidade, fomos abordados por uma garota perguntando se tínhamos onde pernoitar. Ela tomou carona conosco e nos levou até à uma pousada nos arredores, com conforto e simplicidade elogiáveis. Haviam até preparado o ajuntamento de duas camas para formar uma de casal. Pelo acolchoado dá para se ter uma ideia do conforto. O jardim era muito bem cuidado e dava vista de tirar o fôlego para os alpes austríacos.

Quarto da pousada em Salzburg. 1975.
Jardim da pousada em Salzburg, de onde se vê os alpes austríacos. 1975.

Esta viagem foi inspirada num filme que havíamos assistido no Brasil, antes da ida para a Alemanha. Trata-se de “The Sound of Music”, intitulado no Brasil como “Noviça Rebelde”, de 1965.

Numa parte do filme, mostra muito bem os alpes austríacos, assunto deste relato.

Confira no clipe que segue

Cena com Julie Andrews e as crianças lanchando num campo, com os alpes ao fundo.

Na cidade, um dos locais imponentes é o Burg. Trata-se de uma fortaleza instalada no alto do morro Festungberg, conhecido como Hohensalzburg, um dos maiores castelos medievais da Europa. É possível subir até a construção por meio de um teleférico.

O Hohensalzburg, em 1975.

Em Noviça Rebelde, os cantores descem uma ladeira, de onde se avista bem a fortaleza mencionada.

Confira no clipe, cenas que mostram a trupe cantando tendo o Burg como fundo de cena.

Cena quando os cantores mirins e Julie Andrews cantam numa ladeira, tendo o Burg como fundo.

Uma característica de Salzburg é a charrete, um dos veículos usados pelos turistas durante seus passeios pela cidade.

Charrete de Salzburg, em 1975.

No filme mencionado, Julie Andrews comanda o cantarolar durante um passeio em charrete pelas ruas de Salzburg. Confira no vídeo a seguir.

Cenas em que os cantores do musical estão ensaiando a bordo de uma charrete de passeio.

A cidade de Salzburg, assim como em todas da Europa, possui áreas ajardinadas distribuídas pela urbe, proporcionando locais para entretenimento e descanso. Um dos jardins bem cuidados daquela época, era o da Abadia de Salzburg, de onde se tem uma bela vista do Burg.

Jardins da Abadia de Salzburg, em 1975.

Ponto alto do filme Noviça Rebelde, é quando os cantores passeiam pelos jardins mencionados acima. Confira no vídeo.

Cena com os cantores nos jardins da Abadia, tendo o Burg como fundo de cena.

E assim, concluímos esta rápida viagem a uma das localidades mais importantes e lindas da Europa e do mundo.

Seguem informações sobre o filme.

Título original: The Sound of Music
Título no Brasil: Noviça Rebelde
Ano de estreia: 1965
Diretor: Robert Wise
Protagonistas: Julie Andrews, Christopher Plummer, Richard Haydn e Eleanor Parker.

É um clássico do cinema: musical e baseado em história verdadeira. Recebeu Oscar de melhor filme, direção, trilha sonora e montagem. Globo de Ouro para Julie Andrews.

Eu o assisti nove vezes em cinemas, no Brasil e no Exterior.

DONNERWETTER!!!!!

Esta coleção "Sobre Passeios e Filmes" está encerrada.

Após o recesso literário de final e início de ano, retornaremos com novas coleções.

Boas Festas e Próspero Ano de 2026!