Salvador, capital da Bahia, foi um dos nossos mais recentes passeios. Esse destino também postergamos por muito tempo, com o preconceito de ser uma cidade suja, barulhenta e insegura.
Tudo isso foi devidamente dissipado, com a agradável e deslumbrante surpresa em conhecermos uma grande cidade, acolhedora, segura e, sobretudo, bem brasileira. A atmosfera que predomina a urbe, assim como o aroma da comidinha baiana, é de descontração e uma plena liberdade.
A cantoria se sobressai na cidade, é claro. Em qualquer canto, encontramos alguém batucando, só ou acompanhado de uma roda de amigos.
Entre o acarajé da Cira e a moqueca vegana em comemoração ao aniversário da Neusa, no Cuco Bistrô, foram muitos os sabores que experimentamos no passeio, que se estendeu até a Praia do Forte e Guarajuba. Por lá, pudemos conhecer um dos projetos TAMAR, que tem o propósito de proteger as tartarugas marinhas em extinção. Existem apenas sete no mundo inteiro e cinco delas moram no litoral brasileiro.
Ficamos hospedados numa pousada a uma quadra do Largo do Pelourinho. Melhor localização não poderia existir. O Largo era como se fosse o nosso quintal, para desfrutar diariamente. De comida gostosa, de gente alegre e muito batuque. Até tarde da noite. Mas, não nos incomodou em nosso sono dos inocentes.
O Largo é o ponto central da antiga cidade de Salvador. Nos primórdios, o local serviu para o castigo dos condenados amarrados a um pelourinho, espécie de pilar em concreto ou pedra, artefato usado para o suplício em público de criminosos e escravos. Daí, advém o nome do logradouro. É avizinhado por inúmeras igrejas e, bem no centro onde começa o Largo, está a Casa de Jorge Amado.